O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente afirmou, em Nova Iorque, que a adesão da Região Autónoma dos Açores ao 'Under 2 MoU', subscrita na Semana do Clima da Assembleia Geral da ONU, significa que o arquipélago está “na linha da frente" das preocupações a nível mundial para “a manutenção de níveis aceitáveis de emissões de gases em todo o planeta”.
“É um momento de grande relevância para os Açores porque nos estamos a associar a um esforço mundial”, frisou Luís Neto Viveiros, que representou o Presidente do Governo, Vasco Cordeiro, na cerimónia de assinatura da adesão a esta iniciativa promovida pelos estados da Califórnia, nos EUA, e de Baden-Württemberg, na Alemanha.
O titular da pasta do Ambiente destacou que o documento, subscrito por 19 regiões e estados, tem como principal objetivo evitar que o aumento da temperatura global até 2050 “ultrapasse os dois graus” e permitir o “regresso aos níveis de emissão de gases com efeito de estufa” registados em 1995.
Ao subscrever esta iniciativa, que visa dinamizar ações de cooperação ao nível sub-nacional no quadro da preparação das discussões para a Conferência sobre Alterações Climáticas das Nações Unidas – COP 21 que se vai realizar, em dezembro, em Paris, os Açores assumem um forte compromisso de cooperação internacional na implementação e reforço de medidas que conduzam a esses objetivos.
“O que viemos aqui fazer foi assinar um compromisso de implementação de um conjunto de medidas na Região que contribuam para esse objetivo”, nomeadamente as que visam o “crescimento de energias alternativas”, afirmou Neto Viveiros.
O Secretário Regional referiu, designadamente, as energias eólica, geotérmica e das ondas do mar, através de um “plano de consumo de energias tradicionais e de crescimento de energias alternativas”.
Luís Neto Viveiros salientou que, no âmbito do Programa Operacional Açores 2020, será desencadeado um conjunto de investimentos que se traduzirá “num contributo muito relevante” para atingir estas metas, “como a construção de centrais hídricas reversíveis, em S. Miguel e na Terceira, e de uma central fotovoltaica, em S. Miguel”.
O aumento da taxa de penetração das energias renováveis para a produção de energia elétrica em 50% até 2018, evitando a emissão de aproximadamente 158 mil toneladas de CO2 por ano, constitui, aliás, uma das metas definidas pelo Plano Estratégico para a Energia nos Açores.
Luís Neto Viveiros destacou ainda a elaboração do Plano Regional para as Alterações Climáticas, atualmente em curso, que vai dotar a Região de um instrumento que integra duas componentes, “a da mitigação e a da adaptação”.
Este Plano desenvolverá cenários e projeções climáticas para os horizontes de 2030 e 2050 e atualizará as estimativas de emissões, por setor, quantificando as oportunidades de redução de emissões e definindo medidas de mitigação.
2015.09.24-SRAA-AdesãoUnder2MoU.mp3 |
GaCS
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