A Directora Regional das Comunidades termina hoje a viagem às comunidades açorianas no Brasil com uma visita ao Real Gabinete Português de Leitura, instituição que tem contribuído, em parceria com a Direcção Regional das Comunidades, para uma maior divulgação dos Açores, com especial destaque pela literatura.
A 14 de Maio de 1837, 15 anos após a independência do país, um grupo de 43 emigrantes portugueses do Rio de Janeiro reuniu-se na casa do Dr. António José Coelho Lousada, na antiga rua Direita (hoje rua Primeiro de Março), nº 20, que resolveu criar uma biblioteca para ampliar os conhecimentos de seus sócios e dar oportunidade de ilustrar o espírito dos portugueses residentes na, então, capital do Império.
Aberta ao público desde 1900, a biblioteca do Real Gabinete possui a maior colecção de obras portuguesas fora de Portugal. Entre os cerca de 350.000 volumes, nacionais e estrangeiros, encontram-se obras raras como um exemplar da edição "princeps" de Os Lusíadas de Camões (1572), as Ordenações de D. Manuel (1521), os Capitolos de Cortes e Leys que sobre alguns delles fizeram (1539), a Verdadeira informaçam das terras do Preste Joam, segundo vio e escreveo ho padre Francisco Alvarez (1540), um manuscrito da comédia "Tu, só tu, puro amor" de Machado de Assis, e muitas outras. Anualmente, recebe cerca de seis mil títulos de Portugal. Esta instituição conta ainda com uma importante colecção de pinturas de José Malhoa, Carlos Reis, Oswaldo Teixeira, Eduardo Malta e Henrique Medina.
Rita Dias termina, deste modo, uma viagem de oito dias aos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.
Entre visitas e reuniões de trabalho com diversas instituições que colaboram com o Governo dos Açores na preservação da identidade açoriana naqueles estados, a directora regional participou ainda nas comemorações do décimo aniversário da Casa dos Açores da Ilha de Santa Catarina, bem como na apresentação do pré-projecto da nova sede da CAISC.
GaCS/LFC
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