A afirmação é do Subsecretário Regional das Pescas e foi proferida esta tarde na cerimónia de inauguração das casas de aprestos da Horta. Tratou-se de um investimento superior a 700 mil euros que permitiu instalar 30 casas de aprestos, com capacidade adequada para receber as artes de pesca de 30 embarcações da ilha do Faial e que, em simultâneo, criou uma zona acostável com 17 metros para facilitar o embarque e desembarque dos aparelhos e equipamentos de pesca.
Na ocasião, Marcelo Pamplona referiu que este investimento comprova a determinação em cumprir com os objectivos que foram delineados pelo Governo dos Açores para o desenvolvimento do sector das pescas e que permite responder às necessidades dos armadores, na preparação das fainas de pesca das suas embarcações.
O governante considerou que a actividade da pesca está sujeita a factores que não são controláveis. Como é o caso das condições climatéricas que permitam desenvolver o trabalho no mar, das rotas migratórias das espécies pelágicas, que possibilitem boas safras à frota e a diversificação da actividade extractiva, e ainda do funcionamento dos mercados da pesca na Europa continental, que promova a estabilidade do valor comercial do pescado.
Mencionou ainda o facto de, no ano transacto, o Governo dos Açores ter reforçado o FUNDOPESCA e ter atribuído compensações salariais a cerca de 1.500 pescadores, num montante global que atingiu 750.000 euros.
“O FUNDOPESCA é uma marca de protecção social da nossa governação, foi implementado por nós e está ao serviço dos nossos pescadores, e tem atenuado sempre, ao longo destes anos, perdas de rendimentos por causa do mau tempo. Sempre que se justifique - por condições meteorológicas adversas e prolongadas que impeçam a actividade no mar - este regime será accionado, de forma a propiciar aos pescadores um apoio fundamental quando a natureza não lhes permita trabalhar”, afirmou Marcelo Pamplona.
Para o governante, é chegada a altura dos armadores “articularem melhor a sua actividade extractiva com as necessidades do mercado, nomeadamente a quantidade e a qualidade”, para assim conseguirem aumentar os seus proventos, “pois o peixe capturado no Mar dos Açores terá tendência a valorizar, principalmente nos mercados externos à nossa Região que procuram produtos de grande qualidade biológica”.
O Subsecretário Regional das Pescas lembrou, a propósito, que “se os pescadores entrarem de forma colectiva e organizada no circuito da comercialização, com ou sem parcerias com outras entidades”, irão obter mais benefícios por via de partilharem uma parte dos lucros obtidos no negócio da venda do peixe.
Marcelo Pamplona defendeu ainda que “se torna imprescindível que os pescadores deixem de pensar que o seu trabalho acabou no momento em que desembarcam o peixe em lota”. O seu futuro passa necessariamente por um salto organizacional que lhes permita diminuir o número de intermediários e reduzir o fosso que existe entre o preço de venda em lota e o preço que chega ao consumidor final.
O governante concluiu a sua intervenção referindo que o Governo dos Açores está empenhado em garantir uma pesca com futuro, por isso, “estamos determinados e cheios de vontade de trabalhar, seja na Europa ou na Região, para que este sector continue a deter um papel fulcral na nossa economia”.
GaCS/LC
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