sábado, 22 de janeiro de 2011

José Contente elogia a capacidade de integração dos açorianos em países longínquos, como é o caso de Timor



O humanismo e capacidade de integração dos açorianos na Diáspora portuguesa foram dois dos aspectos valorizados pelo Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, ontem à noite, em Ponta Delgada, na apresentação do livro Uma viagem ao Timor profundo, de José Luís Maciel.

José Contente manifestou o orgulho que sentiu por presidir à apresentação de mais uma obra de um açoriano, natural de S. Jorge, que “soube relatar o que se passou num país distante num período histórico difícil”, a invasão indonésia em Timor, que deixou marcas profundas no povo e na identidade timorense.

O governante elogiou a capacidade de integração do autor junto da comunidade local, que após três anos e meio em missão voluntária, era já considerado “um deles”, frisando que este é um traço característico da personalidade dos açorianos.

“Defino este livro como tratando-se de um cruzamento entre a coragem e as emoções. A coragem de um jorgense que aceitou um desafio difícil, longe da família, e as emoções de um povo sofrido e lutador, que acolheu este açoriano deste o primeiro momento”, sublinhou o governante.

Além de relatar uma vivência pessoal, a obra é igualmente uma compilação histórica, um bom contributo para dar a conhecer uma parcela da história de Timor, descrito com o maior rigor e com o qual os timorenses se irão identificar, referiu José Contente.

O Secretário Regional acrescentou ainda que “o nosso isolamento dá-nos a capacidade de um pensamento profundo, de uma actividade reflexiva perante as coisas e a curiosidade nata para entendermos o que nos rodeia”, afirmando que é também estes aspectos que José Luís Maciel coloca a descoberto.

Uma viagem ao Timor profundo dá a conhecer a cultura, a luta pelos ideais e a vivência de um povo perante uma época difícil e conturbada. De acordo com o autor, narra a história de um timorense em várias fases da sua vida, enquanto estudante, prisioneiro e depois espião, histórias que nunca foram narradas.



GaCS/VS

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