O Programa de Manutenção por Substituição Opiácea em Baixo Limiar, através de unidades móveis, vulgarmente conhecido pela distribuição e administração gratuita de metadona, dá actualmente resposta a 352 toxicodependentes, registando-se, ao nível dos Concelhos de Ponta Delgada, Freguesia de S. José; Ribeira Grande, Freguesia de Matriz; e Lagoa, Freguesia de Santa Cruz, respectivamente, o acompanhamento de 116, 45 e 35 doentes toxicodependentes.
A distribuição e administração de metadona, através de unidade móvel, que permite o acesso gratuito a opiáceos de substituição por parte da população mais desestruturada, é feita presencialmente, com dose e com periodicidade fixada através de prescrição médica e na presença de profissional de saúde, em horários e locais de maior afluência dos doentes toxicodependentes, de acordo com o reconhecimento do terreno, efectuado previamente, e do respectivo roteiro de intervenção.
O programa da metadona, que vai chegar à Ilha Terceira, ainda este ano, com a instalação de uma unidade móvel, permite conhecer as pessoas que não aderem a nenhum programa de recuperação e que permanecem em consumos patológicos. Através do trabalho que desenvolvem estas unidades móveis são encontradas muitas pessoas doentes que de imediato são reencaminhadas para o serviço de saúde e, por outro lado, pessoas que, com o evoluir do tempo, aceitam integrar planos de recuperação mais exigentes que abrem o caminho para a sua recuperação.
No âmbito deste programa e do trabalho desenvolvido em unidade móvel, exclusivamente junto dos grupos de doentes toxicodependentes, já foi possível rastrear 352 afectados ao nível de doenças infecto-contagiosas como Hepatite A, B e C, HIV e Sífilis.
O programa de distribuição e administração de metadona também se desenvolve em unidades fixas de instituições como o Centro de Adictologia do Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, o Centro de Saúde da Praia da Vitória, o Centro de Saúde das Velas, o Centro de Saúde da Horta, a Unidade de Saúde de Ilha do Pico, o Centro de Saúde de Santa Cruz da Graciosa, o Centro de Saúde de Santa Cruz das Flores e a Casa de Saúde de S. Miguel.
Ao abrigo da descentralização os Centros de Saúde de Ponta Delgada, Ribeira Grande, Vila Franca do Campo, Povoação, Vila do Porto e a Associação ARRISCA integram igualmente este programa, aos quais se acrescentam os estabelecimentos prisionais de Angra do Heroísmo e Ponta Delgada.
Qualquer uma destas instituições, que exercem cuidados de saúde à população de doentes toxicodependentes, funciona em regime de porta aberta, com excepção do Programa de Substituição Opiácea da Casa de Saúde de S. Miguel, com a qual está protocolado uma intervenção de acordo com a sua capacidade de resposta.
GaCS/LFC
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