O Secretário Regional da Saúde reafirmou hoje que o Provedor do Utente da Saúde é uma entidade criada para promover a qualidade e transparência a quem as pessoas podem recorrer sem receio de represálias.
Em declarações prestadas na cerimónia de inauguração das novas instalações do Provedor do Utente da Saúde, Miguel Correia disse que por vezes as pessoas não reclamam com receio retaliações mas, sublinhou, “não pode haver represálias por uma pessoa apresentar uma reclamação”.
“Se não quiserem fazer a reclamação na própria unidade de saúde podem agora fazê-lo nas instalações do Provedor, ou através de carta ou da internet, num formulário criado para esse efeito”.
O Secretário da Saúde disse que “temos um Serviço de Saúde muito bom, comparado com o que se ouve e lê todos os dias do que se passa a nível nacional”. Prova disso é que o número de reclamações tem vindo a diminuir e num inquérito sobre a satisfação dos utentes a maioria dos inquiridos disse estar satisfeito ou muito satisfeito com os serviços de saúde na Região.
“Mas há noção de é possível melhorar determinados aspetos e conversando diretamente com as pessoas, percebemos que muitas vezes custa pouco satisfazer algumas pretensões dos utentes, em muitos casos trata-se apenas de mudar o horário de atendimento ou o local de entrega do resultado de uma análise”.
O Secretário da Saúde exortou o Provedor – agora com instalações próprias -- a privilegiar o contacto de proximidade “porque desse modo se percebe mais facilmente onde se pode aumentar com eficácia a qualidade e o nível de satisfação do Serviço Regional de Saúde”.
Miguel Correia disse que, pela sua parte, também tenciona incrementar ações de proximidade com a população -- tal como fez em anos anteriores -- perguntando diretamente às pessoas em que é que acham que se podem melhorar os serviços.
Relativamente às queixas que até agora têm chegado ao Provedor, a maioria diz respeito às urgências, onde as pessoas estão mais ansiosas e à falta de médicos de família.
No que respeita ao médico de família, o Secretário da Saúde disse que “no início desta legislatura era afirmado que havia 80 mil açorianos sem médico de família, neste momento há cerca de 36 mil açorianos nessas circunstâncias”.
“Tem havido um esforço muito considerável para dar médico de família, quer através de formação de internos nos Centros de Saúde quer através da contratação de médicos estrangeiros”.
“Em 2012 temos todas as condições para diminuir ao mínimo as reclamações por não ter médico de família”, disse Miguel Correia.
GaCS
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