A Secretária Regional da Educação e Formação assinou esta tarde o contrato de adjudicação da obra de grande reparação da Escola Básica Integrada da Horta.
A obra, que tem um prazo de execução de 18 meses, foi adjudicada ao consórcio açoriano que integra as empresas Marques, Somague/Ediçor e Tecnovia-Açores e representa um investimento de 7,2 milhões de euros.
Na cerimónia de assinatura do contrato, Cláudia Cardoso salientou que “temos um consórcio constituído por empresas regionais, o que prova que o Governo dos Açores continua a dar primazia também a que sejam as nossas empresas a contribuir e a estarem connosco no desenvolvimento da Região”.
A governante lembrou que no contexto em que vivemos, de “crise nacional e internacional e a cujos efeitos obviamente a economia dos Açores também não escapa”, o Governo dos Açores tem tido o bom senso de que falava Antero de Quental, de “apostar num sistema educativo mais democrático, de apostar num sistema educativo mais respeitador da diversidade e de a trazer para o seio da escola” transformando esta aposta numa “clara afirmação da nossa autonomia, utilizando as energias que temos no sentido de não esvaziar o papel do estado na educação, que como sabemos, é importantíssimo”.
Assim, ao contrário do que se verificou a nível nacional, onde o investimento na Educação foi reduzido em cerca de 864 ME, o que “atira Portugal mesmo para a retaguarda da União Europeia em matéria de investimento na Educação e faz com que as despesas nesta área passem a contar apenas 3,8% do PIB, contra os 5% registados em 2010 e quando a média comunitária é mesmo de 5,5%, o Governo dos Açores tem um plano de investimento para a área da educação que representa aproximadamente 20% do investimento global da região para o ano de 2012”, disse Cláudia Cardoso.
Este investimento muito significativo, que ronda os 253 ME, afirmou a Secretária Regional, “constitui uma aposta claríssima do Governo no desenvolvimento do sistema educativo e contribui para fazer mesmo do nosso sistema educativo, um sistema de referência a nível nacional, fazendo com que algumas das medidas que são por vezes anunciadas pelo Governo da República, nos pareçam um passado longínquo”.
Cláudia Cardoso lembrou o caso da “estabilidade do corpo docente na região, da própria construção sistemática de infraestruturas, que na região é uma realidade que não é nova, que hoje aqui concretizamos com mais um passo decisivo no caso da Horta, mas que tem sido feito por todos os concelhos dos Açores, ou o próprio aprofundamento da autonomia das escolas que agora se fala no país como se fosse uma novidade e que na região é uma realidade”.
A governante garantiu ainda que o Governo dos Açores " vai continuar a apostar na integração do ensino artístico nas escolas do ensino regular, por considerar que “o papel das artes no ensino é de facto um papel crucial e essencial e a sua integração é aquilo que tem sido feito por vários países que tem resultados escolares dos mais significativos. O papel das artes no ensino regular e a sua integração, significa, pela própria interdisciplinaridade que se consegue entre áreas como a música e a matemática ou entre a expressão plástica e a própria área das línguas, que essa interdisciplinaridade consegue condicionar e potenciar o sucesso dos nossos alunos e isso é algo que penso que a EBI da Horta tem todas as condições de conseguir com sucesso”.
Assim, disse, “o Governo dos Açores, ao contrário do que vemos acontecer no país, vai continuar a apostar no ensino das artes, na sua integração e não entende que a redução dessas disciplinas seja uma mais-valia e seja interessante quer do ponto de vista pedagógico, quer do ponto de vista da promoção dos nossos alunos”.
Cláudia Cardoso lembrou ainda um recente estudo da OCDE, que “demonstra aquilo que afinal todos já sabíamos mas que em épocas de crise temos uma certa tendência a esmorecer: um aluno, que um indivíduo com qualificação tem sempre mais capacidade de obtenção de um emprego, do que um indivíduo que não a tem” e deixou o apelo à comunidade educativa para que “continuemos a olhar de frente e com a importância que lhe é devida, à área da educação”.
A EBI da Horta será uma escola multifacetada, frequentada por alunos desde o Pré-Escolar até ao 9º ano de escolaridade, integrando o Ensino Artístico e estará preparada para receber cerca de 700 alunos. É um investimento de 7,2 ME, tem um prazo de execução de 18 meses e marcará o nascimento de uma nova escola.
Esta obra compreende a remodelação do edifício onde funcionou o Liceu da Horta e onde será construído um auditório com 200 lugares e espaços anexos, refeitório, cozinha, e outros espaços de apoio. No piso 1 serão instaladas todas as valências de música e ballet.
A intervenção contempla ainda a remodelação e ampliação do edifício construído na década de 50, para albergar 15 salas de atividades, 2 laboratórios do 1º Ciclo, 24 salas de atividades e 2 laboratórios do 2º Ciclo, sala de alunos, bar, biblioteca, reprografia e restantes espaços destinados a servir toda a comunidade escolar.
O Pavilhão Gimnodesportivo será também adaptado e ampliado.
Serão ainda remodelados todos os espaços exteriores, passando a EBI a contar com um novo parque de estacionamento.
GaCS
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