O Presidente do Governo dos Açores afirmou hoje que o fenómeno do desemprego na Região vive um período de "ajustamento", daí o seu “ aumento significativo”, mas garantiu que a situação vai ser invertida em breve.
Carlos César explicou que "este é um período difícil, de ajustamento da capacidade empresarial às potencialidades do mercado e à capacidade de financiamento bancário", e sublinhou que este ajustamento "está a ser feito de forma súbita, especialmente na construção civil, na restauração e no pequeno comércio".
O Presidente do Governo acrescentou que o ajustamento em curso está "próximo da estabilização", assegurando que a tendência de aumento do desemprego regional ao longo deste ano "não será contínua e vai regredir".
Carlos César lembrou que, antes de chegar ao poder, em 1996, a região tinha registado "26 trimestres com o desemprego superior à média nacional", enquanto desde essa altura esta situação "apenas ocorreu no terceiro trimestre de 1998 e agora".
Segundo o Presidente do Governo, a situação afeta especialmente o setor da construção civil, em que "a falta de crédito bancário tem criado dificuldades à gestão corrente e à reestruturação das empresas".
Carlos César reiterou que "há um desajustamento das empresas às estratégias de investimento público e privado", acrescentando que o problema também foi agravado com "medidas impostas" a nível nacional que "quebraram o rendimento e o consumo interno, com reflexo nas empresas".
O Presidente do Governo falava aos jornalistas, no Palácio de Sant´Ana, no final de uma audiência com a direção da Associação dos Imigrantes nos Açores (AIPA), onde o fenómeno do desemprego e o seu impacto na comunidade imigrante nos Açores foi analisado. A direção da AIPA quis também transmitir a Carlos César que o papel da associação na integração dos imigrantes na Região só foi possível com o apoio do Governo Regional.
GaCS
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