Carlos César disse hoje na Assembleia Legislativa que o Governo Regional se orgulha do Serviço Regional de Saúde, pesem as dificuldades financeiras que o envolvem.
Recusando a ideia de se confundir a questão financeira com a qualidade dos cuidados de saúde que são prestados na região, o Presidente do Governo vincou que se trata de “um problema financeiro, não um problema para as pessoas”, já que o sistema de saúde “constitui uma vantagem, um factor de segurança e um factor de confiança de que nos orgulhamos nos Açores.”
E não é por surgir um problema num hospital que se pode definir o Serviço Regional de Saúde, já que “pode ser notícia um medicamento que não chegou, mas todos os dias podíamos dar notícias de centenas e centenas de vidas que salvamos graças à eficiência do serviço de saúde”, acrescentou.
Para Carlos César, é evidente a melhoria nos indicadores no sistema de saúde, podendo também o Governo Regional afirmar, sem desmentido – e face ao Serviço Nacional de Saúde ou ao Serviço de Saúde da Madeira – que melhorou a sua capacidade de satisfação dos compromissos financeiros.
“As alegrias é que são diferentes. Os farmacêuticos exultam de alegria quando na Madeira se paga 4 milhões de uma dívida de 77 milhões, mas choram por causa da unidose quando se paga nos Açores os 7 milhões que lhes devíamos”, afirmou.
Acentuando a ideia, Carlos César disse mesmo que “nós orgulhamo-nos do problema financeiro que temos, porque só temos esse problema financeiro porque não desistimos nem vacilamos em salvar vidas, quando esse é o desígnio que deve ter um serviço regional de saúde.”
E embora admitindo que há ainda insuficiências no serviço, o Presidente do Governo realçou que essas insuficiências terão de ser ultrapassadas com mais dinheiro, com mais investimento, mesmo em tempo de muitas restrições.
“Eu sei que ainda faltam coisas, mas eu sei também que é preciso mais meios financeiros, mais dinheiro, mais dinheiro, mais dinheiro no sistema para conseguirmos o que queremos”, disse.
Chamando a atenção para o facto de haver mais médicos, mais enfermeiros, mais especialistas, mais cirurgias, mais consultas, mais exames complementares de diagnóstico, mais tecnologia, mais cuidados continuados, mais assistência aos idosos e àqueles que têm necessidades na aquisição de medicamentos, mais acompanhamento na maternidade, mais e melhores instalações, mais modernização, Carlos César disse que a qualidade do serviço regional de Saúde é indiscutível.
“Só a cegueira pode levar alguém a dizer que nós temos um serviço regional de saúde pior do que era antes. Nós melhorámos o nosso serviço regional de saúde”, sublinhou, adiantando que alguns não querem que haja serviço regional de saúde.
GaCS
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