Ex-presidente do Governo Regional dos Açores garantiu que mantém declarações sobre Presidente da República.
Carlos César foi um dos condecorados por Cavaco Silva, juntamente com Pinto Monteiro e Moura Ramos
Carlos César recebeu nesta terça-feira a Grã-Cruz da Ordem de Cristo das mãos do Presidente da República, mas à saída garantiu que mantém as suas declarações sobre Cavaco Silva. “Não me recordo de nada que tenha dito sobre o senhor Presidente da República que não subscreva”, afirmou, quando questionado pelos jornalistas se continua a considerar que Cavaco Silva é o Presidente da República mais partidário que Portugal teve.
O antigo presidente do Governo Regional dos Açores vincou que “o interesse do Estado e do serviço público não são marcados pelos incidentes no relacionamento entre as pessoas ou as instituições”. Neste sentido, Carlos César deixou uma garantia: “Eu, pela minha parte, nunca prescindi de fazer oposição àquilo com que não concordava e nunca prescindi de lutar pela minha região.”
Questionado sobre se a visita do Presidente da República aos Açores em 2011 tinha colocado um ponto final nas "divergências de opinião", Carlos César negou: “O centralismo está muito associado à maior parte da classe política e os mais altos responsáveis do Estado não estão livres dessa doença que ainda anima muito a política nacional.”
Durante a cerimónia de condecoração, Cavaco Silva considerou que, durante os 16 anos em que esteve à frente do Governo Regional dos Açores, Carlos César deu “o melhor do seu esforço e saber e o seu enorme dinamismo ao serviço do progresso da região e do bem-estar dos açorianos”.
Relembre-se que as tensões entre Carlos César e Cavaco Silva começaram em Julho de 2008, quando o Presidente da República pediu a fiscalização da constitucionalidade do Estatuto Político-Administrativo dos Açores (EPAA), que culminou com a declaração de inconstitucionalidade de oito normas do diploma, aprovado por unanimidade no Parlamento.
Após algumas alterações efectuadas pelo Parlamento, Cavaco Silva aprovou o EPAA, com a abstenção do PSD, mas vincou a existência de normas “absurdas”. Na altura, Carlos César acusou o Presidente da República de fazer uma "dramatização excessiva".
Fonte: PUBLICO
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
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