domingo, 6 de dezembro de 2009

Carlos César critica a competição na área social e apela à actuação em rede



O presidente do Governo dos Açores chamou hoje a atenção para “a absoluta necessidade de as Instituições Particulares de Solidariedade Social, as Casas do Povo, os centros paroquiais e as Misericórdias actuarem cada vez mais em rede”.

Frisando que os Açores não são uma região rica e que não é possível dotar cada infra-estrutura de toda a panóplia de equipamentos, Carlos César acrescentou que todas essas instituições devem ter a capacidade de comunicarem entre si, de aproveitar recursos comuns e de partilhar experiências e públicos destinatários.

“Não há nenhuma razão ética e moral – que seja susceptível de aprovação – que fundamente a existência de uma competição de públicos entre as Instituições Particulares de Solidariedade Social e as Misericórdias”, afirmou.

O presidente do Governo instou também os assistentes sociais a assumirem uma acção mais proactiva, mais pedagógica e mais preventiva, dizendo mesmo que “têm a obrigação de chegar aos problemas antes de eles se revelarem e não de irem atrás dos problemas depois de eles serem verdadeiros problemas”.

Reforçando a ideia do reforço da articulação como meio de melhorar a eficiência das instituições públicas na área social, Carlos César recordou o conjunto de reformas dos sistema de solidariedade e de segurança social dos Açores, por ele próprio recentemente anunciado, avultando, entre as medidas previstas, um novo regime jurídico do sector, um novo quadro legal para a instalação e funcionamento de creches e de lares e um novo quadro jurídico e financeiro de apoio aos utentes em valências de iniciativa e gestão privadas.

O presidente do Governo dos Açores falava no decorrer da cerimónia de inauguração, a que presidiu, do novo polivalente da Casa do Povo da Praia do Norte, no Faial, edifício que custou meio milhão de euros e que vai permitir à instituição desenvolver serviços de apoio à população em áreas como a saúde, a segurança social, o apoio aos idosos, a cultura e o lazer.

Com a nova infra-estrutura a Região atinge os 660 equipamentos de apoio social, numa rede social de apoio de proximidade que Carlos César qualificou de grande relevância, não só pelo investimento público associado, mas igualmente por revelar a propensão humanista das políticas públicas.



GaCS/FG/CT

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