Carlos César reiterou o empenho do Governo Regional em baixar preços nas ligações aéreas com o Continente, revelando que está já em fase de finalização o processo de revisão das Obrigações de Serviço Público, de forma a permitir que, no âmbito das tarifas promocionais, quer para residentes e estudantes, quer na operação regular destinada a não residentes, possam ser praticadas preços de passagens inferiores a 100 euros.
“Como é uso, já apareceram os do costume a desvalorizar, como podem e através de quem podem, o que estamos a diligenciar. Ficarão, assim o espero, a seu tempo, a falar sozinhos, para bem de todos”, acrescentou o Presidente do Governo.
Reforçando a afirmação, revelou o Governo já transmitiu orientações ao Grupo SATA para desencadear, em conjunto com os operadores turísticos e agentes de viagens, o aperfeiçoamento ou a criação de tarifas aéreas destinadas a turistas, as quais, aliadas à comercialização de outros produtos turísticos, podem constituir um factor acrescido de competitividade do destino Açores.
“Tudo isto tem vindo a ser feito, e deve continuar a ser feito, sem colocar em causa um instrumento importante que é um dos pilares da nossa política de transporte aéreo: a existência de uma companhia aérea açoriana, forte, capaz de enfrentar os desafios com que se vai confrontando, desde as graves flutuações no mercado internacional de passageiros às dos preços dos combustíveis, e cuja boa gestão é determinante e igualmente importa preservar”, disse.
Carlos César recordou que, apesar de todos esses aumentos, “as tarifas aéreas inter-ilhas para residentes têm vindo a registar uma significativa redução nestes últimos anos, tendo o preço diminuído, nos últimos 14 anos, de e para diferentes ilhas, entre os 23% e os 59%.”
Por essa razão, adiantou que “não deixa de ser curioso que são precisamente aqueles que contemporizaram no passado com tarifas caríssimas e mesmo proibitivas que agora achem sempre pouco, por mais que o Governo faça.”
O presidente do Governo, que falava na cerimónia de inauguração do armazém para equipamento de placa do aeroporto do Pico – no início da visita estatutária deste ano àquela ilha – realçou, a propósito, a estratégia governamental de reforçar as acessibilidades e, consequentemente, a competitividade e o desenvolvimento económico.
Citou as obras na nova aerogare civil das Lajes, a ampliação e alargamento da pista do aeródromo da ilha de S. Jorge, as obras em curso no aeródromo da ilha do Corvo ou a elaboração do projecto de ampliação da pista do aeródromo da Graciosa, para referir que, no caso concreto do aeroporto do Pico, decorre ainda um conjunto de investimentos de mais de 35 milhões de euros.
Entre esses investimentos avultam o alargamento da pista e a nova aerogare, já concluídos, e a instalação de um sistema de ajuda às aterragens (ILS) e construção de um armazém de cargas e de um parque de combustíveis, em fase de arranque.
“Estamos, pois, sempre a trabalhar e a inovar para fazer melhor e alcançar novos resultados. E vamos superando, progressivamente, atrasos antigos e dificuldades que nos chegaram, mostrando que no fazer e não no falar é que está o ganho”, concluiu Carlos César.
GaCS/CT
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