É de esperar que, paralelamente à adopção das medidas de carácter excepcional ditadas pela situação difícil em que o país se encontra, o Governo da República venha a efectuar cortes na despesa pública.
Esta é a opinião do Presidente do Governo dos Açores, que, admitindo embora a razoabilidade da existência de impostos e contribuições extraordinários como os recentemente anunciados, lembra que “nós vivemos um período, nestes últimos meses, em que houve uma denúncia pública muito insistente sobre o excesso de despesa, o excesso de gorduras do Estado.”
Por isso, acrescenta, “para além daquilo que decorre do memorando de entendimento com a “troika”, também esperamos que sejam descobertas áreas onde existam despesas supérfluas que possam ser anuladas e que tenham efeito imediato de correcção.”
Como reafirmou, do ponto de vista dos Açores o empenhamento do governo é o de “procurar criteriosamente, e com o maior rigor possível, ajudar as famílias que ficam numa situação mais precária em função da aplicação desta e de outras medidas.”
Carlos César revelou, a propósito, que o Governo está a preparar uma intervenção nas áreas da habitação e da ocupação de trabalhadores desempregados sobretudo no sector da construção civil.
Assegurando que o Governo Regional está a exercer uma maior vigilância da situação social das famílias em geral, disse que esta “é uma altura dos governos estarem atentos a essas problemáticas, sem descurar o equilíbrio das finanças públicas e a aposta, que não pode deixar de continuar a ser feita, no crescimento económico e no desenvolvimento sustentado da região.”
O Presidente do Governo falava no final de uma audiência que concedeu ao Presidente da Comissão Executiva do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, tendo sublinhado o importante papel que aquela instituição tem desempenhado na região, designadamente no que se refere ao seu contributo para a execução de medidas governamentais como a da criação das linhas de crédito destinadas a apoiar empresas.
Carlos César sublinhou também a excelente relação entre o Governo e o BES, vincado a sua convicção de que, existe, por parte daquele banco,”uma vontade real de progredir e de contribuir para a dinamização da actividade económica da região.”
GaCS/CT
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