Carlos César diz que a requalificação da Lagoa das Furnas é motivo de orgulho desta geração
No momento em que, esta manhã, presidia à inauguração das obras de requalificação das margens da Lagoa das Furnas e do respectivo Centro de Monitorização e Investigação, o Presidente do Governo dos Açores considerou que se estava a viver um momento de profundo significado.
“É um dia em que nós podemos afirmar o nosso orgulho – o orgulho do nosso tempo e da nossa geração – em termos empreendido corajosamente este processo, em termos posto mãos à obra no sentido de reverter a degradação que aqui se processava, em termos defendido este património que é fonte de atracção e de riqueza para a freguesia, para o concelho, para a ilha e para os Açores em geral, e em termos preparado, com sucesso, a sua transmissão para os novos tempos e para as novas gerações”, disse.
Como lembrou Carlos César, o projecto de requalificação de toda a bacia hidrográfica das Furnas implicou, entre outras medidas importantes, a aquisição de 265 hectares de terrenos agrícolas – facto que originou a retirada de cerca de 300 bovinos, garantindo a subsequente alteração do uso do solo e deste modo a redução do afluxo de nitratos e fosfatos à lagoa – e a implantação de centenas de milhares de árvores nos terrenos circundantes, para absorver os nutrientes presentes no solo e reduzir a erosão.
Por outro lado, o Centro de Monitorização e Investigação das Furnas, agora inaugurado, pretende explicar ao visitante não só todo o projecto da intervenção em curso na bacia hidrográfica, mas também a sua envolvência, isto é, as características invulgares do vale das Furnas, com o seu vulcão e as suas populações em “convivência” já multi-secular.
Para o Presidente do Governo, tudo o que, a partir de hoje, passa a estar oficialmente ao serviço da recuperação e da sustentabilidade daquela área resulta, portanto, de “um investimento de aprofundamento e de suporte da gestão dessas cumplicidades num lugar que é singular e que é irrepetível nas nossas ilhas.”
E por se tratar de um processo naturalmente lento, Carlos César concluiu dizendo que “agora o que é preciso é dar tempo à Natureza e o que é necessário é não retirar o tempo de que ela precisa.”
GaCS/CT
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