sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Hospital do Divino Espírito Santo vai aumentar capacidade de resposta aos utentes, revela Luís Cabral

O Secretário Regional da Saúde revelou hoje, em Ponta Delgada, que 44 médicos do Hospital do Divino Espírito Santo já solicitaram a passagem do horário das 35 para as 40 horas semanais, o que vai permitir aumentar a capacidade de resposta desta unidade de saúde.

Luís Cabral, que falava aos jornalistas no final de uma reunião com o Conselho de Administração do Hospital de Ponta Delgada, mostrou-se satisfeito com esses pedidos, considerando que representam “mais capacidade de resposta do hospital ao nível do serviço de urgência, mas também das consultas externas e do próprio funcionamento do internamento”.

Os processos, segundo Luís Cabral, têm sido autorizados pela Secretaria Regional da Saúde e agora têm que representar um aumento de produtividade, ou seja, o Conselho de Administração vai, conjuntamente com os médicos, reformular os horários, no sentido de garantir que esse aumento de produtividade seja efetivo.

Por outro lado, este aumento do horário laboral “corresponde também a um maior custo por parte dos hospitais”, frisou o Secretário Regional, acrescentando, no entanto, que “normaliza os vencimentos médicos segundo a nova tabela negociada com os sindicatos, deixando de haver algumas discrepâncias que se tinham criado, por via das contratações individuais de trabalho, até agora em vigor”.

O principal serviço beneficiado com esse horário será a Urgência, uma vez que o médico passa a fazer 18 horas, e , “em algumas situações pontuais”, também a Imagiologia.

Pretende-se que não sejam só horas dedicadas ao serviço de Urgência, mas que “sejam horas para aumentar a produtividade do serviço, podendo fazer mais exames no horário normal de trabalho”, afirmou Luís Cabral.

Nesta reunião foi também analisada a recusa dos médicos em se deslocarem a outras ilhas, tendo o Secretário Regional da Saúde revelado que já teve acesso à carta enviada pelos diretores de serviço.

Para Luís Cabral, “o motivo evocado pelos médicos para essa deslocação, que se trata de um diploma ilegal, não faz sentido”, acrescentando que não foi essa leitura que ficou na reunião com os sindicatos médicos.

O Secretário Regional salientou que estavam a acontecer “alguns desvios, que para nós não eram aceitáveis, nomeadamente a acumulação de vencimentos entre o horário normal de trabalho e aquilo que era o pagamento adicional nestas deslocações”.

“Os doentes não irão ficar sem consultas, obviamente que há várias alternativas”, assegurou, defendendo que “o ideal seria, em conversa com os médicos, explicar claramente que não é um diploma ilegal, que há a devida legalidade naquilo que foi feito”.


Anexos:
2014.02.21-SRS-ReuniãoHDES.mp3
GaCS

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