A Direção Regional da Cultura expressou profundo pesar pela morte da artista plástica Ana Vieira, de 74 anos, ocorrida hoje, em Lisboa, considerando que constitui uma grande perda para a arte portuguesa.
Autora de uma vasta obra, Ana Vieira tem como marca do seu percurso o cruzamento de diferentes disciplinas artísticas e o uso de materiais diversos com os quais cria formas que ora se fecham, ancoradas nas memórias, ora se abrem na procura do regresso às origens.
Ana Vieira nasceu a 2 de agosto de 1940, em Coimbra, tendo passado a infância e adolescência em São Miguel, terra natal do seu pai.
Esta ilha imprimiu uma marca fundamental que a sua obra expressa, tendo a terra, as rochas vulcânicas, o clima enublado, o mar, as figuras que partem e as que chegam como matéria estruturante.
Ana Vieira, que cedo criou ruturas com a arte institucional, foi sempre uma mulher e uma artista com uma forte intuição e um grande poder criativo, afirmando, desde o início, um percurso de expressão vanguardista.
A artista participou, em 1977, na exposição de vanguarda Alternativa Zero, em Lisboa, tendo recebido, em 1991, o prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte/Secretaria de Estado da Cultura.
Em 1998, o Museu de Serralves, no Porto, dedicou-lhe a primeira exposição antológica e, em 2010-2011, o Museu Carlos Machado, de Ponta Delgada, em colaboração com o Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, da Fundação Calouste Gulbenkian, apresentou a maior retrospetiva da sua carreira.
GaCS
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