O Secretário Regional do Turismo e Transportes revelou hoje, na Horta, que as ligações aéreas da Terceira com Lisboa e Porto terão, no próximo verão IATA, um incremento de 36% no número de frequências e de 27% no número de lugares oferecidos.
Vítor Fraga, que falava na Assembleia Legislativa, salientou que, como já é público, a TAP e a SATA vão reforçar as ligações, frisando que “no próximo verão IATA haverá uma oferta de 35.661 lugares a mais do que aqueles que houve no ano de 2015”.
O titular da pasta dos Transportes lembrou, no entanto, que a SATA Internacional já no ano passado reforçou o número de frequências nas Lajes em 46%, tendo realizado mais 107 frequências do que no ano anterior.
Por seu lado, a SATA Air Açores, no âmbito da revisão das Obrigações de Serviço Público (OSP) do Transporte Aéreo Interilhas, “tirando partido da centralidade da Terceira, como plataforma de agregar e distribuir passageiros para todas as ilhas, reforçou a sua presença nas Lajes em mais 20% no número de frequências que tem nesta ilha”, acrescentou.
Vítor Fraga esclareceu ainda que o número de passageiros da SATA Internacional desembarcados na Terceira cresceu 53%, enquanto o número de passageiros da SATA Air Açores desembarcados na mesma ilha e no último trimestre, após a revisão das OSP, cresceu 20%.
Em resposta às perguntas formuladas sobre os constrangimentos da operação civil nas Lajes, Vítor Fraga referiu que estes “são conhecidos, são de ordem operacional”, tendo a ver, nomeadamente ”com a interligação de serviços que são prestados, quer pela parte civil, quer pela parte da Força Aérea Portuguesa, quer pela parte da Força Aérea Americana”.
O Secretário Regional manifestou-se convicto de que esses constrangimentos podem ser minimizados “estabelecendo-se um protocolo para utilização civil da Base Aérea, em que todas as partes sabem quais são as suas competências e até onde podem ir, na perspetiva de facilitar toda a operação e não de a dificultar, mas, acima de tudo, para que não haja depois a possibilidade de se executarem ações arbitrárias que, muitas vezes, não são entendidas da melhor forma pelos vários intervenientes e que causam entropia”.
Vítor Fraga ressalvou, no entanto, que é necessário salvaguardar a segurança de pessoas e meios, o que não pode ser confundido com constrangimentos.
“Quando essa segurança é colocada em causa por alguém, nós temos que respeitar a decisão que essa pessoa toma na inviabilização, ou não, de uma determinada operação”, afirmou.
Questionado sobre a operação de companhias 'low cost' para os Açores, Vítor Fraga esclareceu que “a Região não pagou e não paga qualquer valor, nem direto, nem indireto” para que estas voem de Lisboa para Ponta Delgada.
O Secretário Regional recordou que existe um contrato, estabelecido com a companhia Ryanair, para uma campanha promocional no Reino Unido, de promoção da rota de Londres para Ponta Delgada”, no valor de cerca de 98 mil euros, sendo esta uma campanha promocional de marketing conjunto.
“É este o único valor de campanhas conjuntas que é feito, e é feito na Europa, não é feito para promover as rotas de Lisboa e do Porto para a Região", frisou, assegurando que "valores pagos pelo Orçamento da Região, por algum organismo da Região, a companhias 'low cost' para voarem do continente para a Região, são zero”.
Em relação à construção do novo Terminal de Carga da Aerogare Civil das Lajes, Vítor Fraga esclareceu que o problema se coloca ao nível da necessidade da desafetação dos terrenos do domínio público militar.
“O projeto está em fase de revisão, dentro do que a lei obriga, face à sua complexidade, e prevê-se que a sua conclusão seja no início de março, ficando a partir daí o lançamento do concurso condicionado apenas à desafetação dos terrenos do domínio público militar”, afirmou.
O Secretário Regional frisou, no entanto, que “ao longo deste período não baixámos os braços em termos de dinamizar exportação de carga” e, mesmo sem esta infraestrutura, “no decorrer desta legislatura há um crescimento de 34% na carga via aérea a partir da Terceira, o que demonstra que têm sido ultrapassadas as dificuldades”.
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GaCS
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