Um coordenador regional de Saúde Pública “que, entre outras funções, fará a articulação e cooperação entre as autoridades de saúde e os demais serviços integrados no Serviço Regional de Saúde, bem como com outras entidades externas”, foi esta manhã anunciado pelo presidente do Governo dos Açores.
O cargo será em breve criado, no âmbito de uma revisão da legislação regional no sector da Saúde que “irá alterar os níveis de autoridades de saúde existentes, devendo imprimir uma maior eficiência e flexibilidade na sua intervenção nos respectivos concelhos e facultando-lhes uma reforçada protecção jurídica.”
Nas alterações a introduzir serão igualmente contempladas formas de valorizar a acção dos enfermeiros, que verão ser criada a figura de “enfermeiro de família”.
Foi, aliás, a sessão de abertura do V Encontro de Enfermagem da Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros que Carlos César aproveitou para anunciar essas novas medidas, dando ênfase ao papel dos profissionais da enfermagem, cuja proximidade com os doentes os transforma em “referências cada vez mais importantes, mais constantes e mais presentes no sentimento de confiança e segurança das populações.”
Aprofundando os contornos do projecto do “enfermeiro de família” – trabalhado conjuntamente pelo Governo e pela Ordem dos Enfermeiros – Carlos César revelou que está prevista, a curto prazo, uma experiência piloto num dos centros de saúde, que se estenderá posteriormente a toda a Região.
“Será, estou convencido, uma nova instrumentalidade ao serviço dos cuidados de proximidade conducentes à promoção da saúde e prevenção da doença na população em geral, constituindo uma nova abordagem dos cuidados primários”, sublinhou.
E se, “a função do enfermeiro foi, agora e mais uma vez, revalorizada no caso da gripe H1N1”, o presidente do Governo realçou o excelente trabalho desenvolvido pelos enfermeiros e, também, “o rigor técnico e o brio profissional dos Delegados de Saúde concelhios na nossa Região, os quais, na sua generalidade, têm desenvolvido um trabalho mediaticamente discreto mas localmente exaustivo, competente e atento.”
Num Serviço Regional de Saúde em que o rácio de enfermeiros é de 6,7 por mil habitantes, superior à média nacional, que é de 5,3, Carlos César destacou igualmente o esforço governamental na criação de infra-estruturas para a prestação especializada e ou adequada dos cuidados de saúde.
“Estamos, neste momento, por exemplo, a ultimar o processo de adjudicação do futuro Centro de Radioterapia dos Açores. Esta é uma obra que marcará indelevelmente o paradigma da prestação de cuidados de saúde nos Açores, evitando, como se sabe, as deslocações de açorianos ao Continente e disponibilizando esta terapia aos doentes crónicos que, através dela, conseguem atenuar os sintomas da evolução da doença e melhorar a sua qualidade de vida”, afirmou.
GaCS/CT
Sem comentários:
Enviar um comentário