No dia 3 de Fevereiro, o Governo dos Açores, anunciou, em conferência de imprensa a decisão de adquirir à empresa GEAD, SA 51.000 acções, representando 51% do capital social da empresa SINAGA, SA, pelo valor de 800 mil euros.
Nesse âmbito, o vice-presidente do Governo, esclareceu cabalmente os contornos base subjacentes à respectiva aquisição, da qual era claramente reconhecido o inegável valor intrínseco que a SINAGA representa no desenvolvimento da economia açoriana, tendo em conta a importância de que esta se reveste na diversificação da actividade agrícola dos Açores, na redução das importações e no incremento das exportações, bem como a manutenção dos cerca de 120 postos de trabalho directos.
Foram estes os fundamentos para a adopção desta medida de carácter excepcional.
Para a concretização deste objectivo tinha o Governo previamente procedido a uma rigorosa avaliação da SINAGA, SA, incluindo os respectivos imóveis, através de duas entidades independentes, designadamente o BES Investimento e a Sociedade de Avaliações J. Curvelo, Lda, tendo estas atribuído um valor patrimonial à empresa de 13,21 milhões de euros, designadamente aos seus imóveis: Fábrica de Açúcar de Santa Clara, Fábrica do álcool na Lagoa, dois edifícios na Rua de Santa Clara, um edifício ambulatório em Vila Franca do Campo e um prédio rústico de mais de 60 alqueires no Concelho de Vila Franca do Campo.
A este valor foi deduzido o passivo da empresa, no valor global de 8,71 milhões de euros, nomeadamente, 6,7 milhões de euros relativos à divida financeira, 2 milhões de euros relativos a dívidas a terceiros, incluindo fundo de pensões, e necessidades de fundo de maneio de 10 mil euros.
Da conjugação destas realidades, o BES Investimentos e a Sociedade de Avaliações J. Curvelo, Lda, atribuíram à SINAGA o valor patrimonial líquido de 4,5 milhões de euros.
Neste contexto, o Governo adquiriu por 800 mil euros uma participação de 51% numa empresa cujo seu valor patrimonial líquido é de 4,5 milhões de euros. Assim o Governo adquiriu por 800 mil euros uma participação, na empresa SINAGA, SA, avaliada em 2,295 milhões de euros.
Perante estes factos, facilmente se conclui que o valor de aquisição da SINAGA, é inferior ao valor patrimonial dessa empresa, não tendo qualquer fundamento as dúvidas colocadas pelo Bloco de Esquerda.
GaCS/VP
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