O secretário regional da Presidência salientou, esta tarde, em Ponta Delgada, a circunstância de, ao nível da Região Autónoma dos Açores, se ter registado uma redução de três por cento, ao longo do ano passado, no número de participações criminais, conforme revela o relatório anual de Segurança Interna.
André Bradford, formalizando uma apreciação positiva por parte do Governo Regional quanto a esta situação, precisou que os números, agora conhecidos, implicam uma inversão da tendência de subida que se vinha a registar desde ao ano de 2006.
De acordo com aquele relatório, o número de crimes nos Açores, ao longo de 2009, baixou três por cento face ao ano anterior, o que significa mais do dobro do valor da descida da média nacional, que se cifrou nos 1,2 pontos percentuais e, em contraponto, com o que se passou na Região Autónoma da Madeira, onde a criminalidade aumentou 5,4% face ao ano anterior. Em números absolutos, a Região registou, no ano transacto, 10.669 participações, sendo que o total nacional foi de 416.058.
Quanto à tipologia dos crimes, os Açores registaram uma descida no que toca a crimes contra o património, categoria que representa mais de metade da criminalidade do País, verificando-se, pelo contrário, subidas menos relevantes nos crimes contra pessoas e contra a vida em sociedade, onde se inclui a condução sob o efeito de álcool, e nos crimes de legislação avulsa, categoria onde se inclui o tráfico de estupefacientes.
A esse respeito, o secretário regional da Presidência considera como muito positivo o facto de a criminalidade violenta e grave ter, felizmente, muito pouca expressão nos Açores, registando um rácio de menos um crime grave por mil habitantes.
Em relação ao crime de violência doméstica, verificou-se uma redução na tendência de subida que se vinha a manifestar, registando-se, no entanto, um aumento de cerca de 40 casos, relativamente, ao ano de 2008, o que representa uma subida de 3,4%, enquanto que, na Região Autónoma da Madeira, a subida, nesta categoria específica, foi de 8,4% e a nível nacional atingiu os 10%.
Para André Bradford, os números em análise nunca são, absolutamente, satisfatórios, porque se tratam de registos sobre criminalidade, sendo também, claro que, no que se refere à violência domestica que, apesar de demonstrarem uma tendência para o equilíbrio, ainda cresceram, ligeiramente. Mas, o que importa, por agora, ressalvar, considera o secretário regional, é que, depois de dois anos de subida, os Açores entraram numa fase de descida do numero de crimes participados, números esses que contradizem, assim, alguns discursos sensacionalistas, e dos quais não resultam razões para que os açorianos se sentam menos seguros.
O secretário regional da Presidência destacou, por fim, que, sem prescindir quanto à necessidade do reforço dos meios humanos e dos equipamentos das forças de segurança existentes na Região, o Governo não deixa de registar, por isso e com agrado, os resultados do relatório nacional sobre Segurança Interna que foi tornado publico.
GaCS/JMB
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