O Presidente do Governo dos Açores afirmou esta manhã que o seu executivo vai continuar a apoiar os vários programas em vigor que possibilitam o acesso à habitação, mas revelou que está a ser dada “uma grande atenção a outro aspecto que, na área da habitação, é muito importante, que é o da recuperação da habitação degradada.”
Precisando, Carlos César enunciou diversos tipos de intervenção nesse âmbito – desde a construção de casas de banho à reparação de tectos, passando pela correcção de anomalias nas habitações – revelando que, só no concelho de Ponta Delgada, estão aprovadas mais de sete dezenas desses melhoramentos.
A propósito, disse que o Governo está a trabalhar num maior envolvimento das pequenas empresas e dos trabalhadores da construção civil num significativo acréscimo destas pequenas intervenções, melhorando a vida e a habitação das pessoas.
“Neste momento em que o país aumenta impostos, em que diminui o apoio às famílias e aos desempregados, em que tarda no estabelecimento de compensações para as famílias em maior risco – e em que os açorianos são também atingidos, sem que tivessem contribuído para a dívida pública que se formou no país – eu penso que o Governo Regional deve reunir todas as suas economias, todas as suas disponibilidades para, para além de ajudar a economia a crescer, ajudar as pessoas que mais precisam”, afirmou o Presidente do Governo.
Assegurando que é precisamente isso que o seu Governo tem feito e vai continuar a fazer, “na medidas das possibilidades”, disse que esse esforço abrange também outros sectores, como, por exemplo, o combate ao desemprego ou áreas sociais muito relevantes.
Referindo-se ao sector da Saúde, aludiu a notícias na imprensa sobre a introdução das taxas moderadoras e disse que, ao contrário do que lera nos títulos dos jornais, a taxa de cinco euros numa urgência de um hospital, considera que tal taxa não é incomportável.
“Cinco euros são dois maços de tabaco. Mas cinco euros, por exemplo, para alguém que entra um hospital com uma insuficiência respiratória, e que fica, durante uma hora, a ser atendido por vários profissionais de saúde – que têm de fazer aerossóis, oxigénio, raios-X, análises –, isto custa ao Serviço Regional de Saúde algo entre 500 e 600 euros”, sublinhou.
Realçando que, apesar de se pagar apenas cinco euros, “gostaria, mesmo assim, eu não pagássemos nada”, Carlos César acrescentou que “percebe-se, com este exemplo, a expressão meramente simbólica deste pagamento e a sua acessibilidade.”
O Presidente do Governo falava no decurso da cerimónia de entrega de onze habitações, na Ajuda da Bretanha, em regime de subarrendamento, a famílias daquela área, com o que termina o que classificou de “história atribulada e muito curiosa”.
Como explicou, o Governo Regional, ao arrendar as casas à empresas construtora – por cerca de 300 euros por unidade, para depois as subalugar a famílias carenciadas por rendas que variam entre os cinco e os sessenta euros – dá resposta a famílias com carências habitacionais e tranquiliza a referida empresa.
“Se a inauguração feita pela Câmara Municipal, há dois anos, foi a fingir, esta, graças ao esforço do senhor Presidente da Junta, é mesmo a sério”, afirmou, acrescentando que esta intervenção governamental se insere num conjunto de medidas, já tomadas ou em curso, que representa um investimento de cerca de cinco milhões de euros, sendo que 1,1 milhões respeitam apenas ao concelho de Ponta Delgada.“Eu digo estes números porque eles são importantes para termos a dimensão daquilo de que estamos a falar, a dimensão do esforço que o Governo está fazer, e também para as pessoas valorizarem aquilo que lhes está a ser proporcionado com o dinheiro de todos”, concluiu.
GaCS/CT
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