sábado, 21 de julho de 2012
Histórico do relacionamento luso-americano na base das Lajes tem que ser reconhecido
O diálogo entre Portugal e os Estados Unidos sobre a presença militar norte-americana na base das Lajes tem que ter em conta “um histórico assinalável de amizade”, com mais de seis décadas e deve resultar “no reconhecimento do papel que os funcionários civis portugueses sempre desempenharam com afinco e dedicação”.
São palavras de André Bradford, Secretário Regional da Presidência, proferidas hoje naquela base, durante a cerimónia de entrega dos certificados de reconhecimento e validação de competência dos bombeiros portugueses ao serviço do destacamento militar americano ali estacionado.
“Se outros países foram capazes de demonstrar a sua importância no contexto da cooperação transatlântica e euro-americana”, mesmo sem possuírem esse histórico, mantendo “um peso funcional assinalável” na estrutura de defesa norte-americana na Europa, “também se espera legitimamente” que o diálogo entre Portugal e os Estados Unidos sobre a presença militar na ilha Terceira tenha em conta esses factores, sublinhou o governante.
André Bradford garantiu que o Governo Regional dos Açores está disponível para “continuar a apoiar aqueles que nos procurarem na convicção de que a presença americana na Base das Lajes continuará a ser uma parte essencial da relação estratégica entre Portugal e os EUA”.
Estão neste caso, outras oportunidades de cooperação entre a Região e os norte-americanos, para valorizar os trabalhadores portugueses, como foi o caso do reconhecimento de competências, no contexto nacional, àqueles bombeiros.
Sobre esta formação em que os bombeiros participaram em horário pós-laboral, André Bradford lembrou que “era uma ambição antiga e justa deste grupo de funcionários portugueses e é com prazer que podemos hoje constatar que cumprimos – e em particular a Rede Valorizar cumpriu – com o compromisso assumido”.
O governante acrescentou que isso foi feito “com os nossos recursos, dentro das nossas competências, garantindo aos trabalhadores aquilo que no quadro legislativo regional era possível garantir – e que não é de somenos importância”, demonstrando “que o que está ao nosso alcance e dentro da nossa esfera de competências próprias tem uma resolução mais célere, adequada e eficaz”.
André Bradford disse ainda estar ciente de que “há ambições para outro tipo de equiparações e equivalências, nomeadamente, no quadro da legislação nacional”, que não dependem do Governo Regional “e não poderão ser respondidos por nós em nome próprio, mas isso não significa que abdiquemos de continuar a fazer o que estiver ao nosso alcance para, pelo menos, fazermos conhecer a quem de direito as vossas pretensões e a respetiva fundamentação”.
Do ponto de vista do executivo açoriano, acrescentou, “este processo é também um exemplo importante do empenho e colaboração mais lata que devem presidir sempre às questões relacionadas com a Base das Lajes, com um desejo permanente de valorização da presença e cooperação entre portugueses e americanos neste território”.
O Secretário Regional elogiou, ainda o empenho dos 53 bombeiros no percurso de certificação de competências, bem como a atitude do Comando norte-americano, reconhecendo, uns e outros, mais-valias neste processo.
GaCS
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