quarta-feira, 18 de julho de 2012

Secretário da Saúde esclarece dúvidas levantadas na comissão parlamentar de inquérito


O Secretário Regional da Saúde esclareceu as dúvidas levantadas pelos deputados no âmbito da comissão parlamentar de inquérito à saúde, designadamente sobre o centro de radioterapia e sobre o sistema de informatização da saúde.

Segundo Miguel Correia, a decisão de instalar o centro de radioterapia em S. Miguel é uma decisão política e corresponde também à demonstração de interesse de duas empresas privadas que apresentaram projetos neste sentido.

Segundo Miguel Correia essas empresas admitem a hipótese de um dia estenderem os serviços à Terceira, mas nunca quantificaram essa possibilidade.

O Governo Regional, pela sua parte, mantém o interesse de, no futuro, instalar serviços de radioterapia no hospital da Ilha Terceira, quando tal se justificar, como sempre afirmou.

Neste momento, segundo o secretário da Saúde, “a instalação do Centro de Radioterapia fora de S. Miguel teria custos mais elevados uma vez que obrigaria à deslocação de mais pessoas”.

Por outro lado, um estudo estratégico para a implementação da radioterapia em Portugal, feito no âmbito do Plano Nacional de Doenças Oncológicas, estabelece, também, que o centro de radioterapia deve ser em Ponta Delgada, o que vem corroborar a decisão do Governo dos Açores.

No que respeita ao projeto de informatização da saúde Miguel Correia disse que “foi no interesse público que foram feitas as prorrogações dos prazos para a entrega dos módulos em falta, na expectativa de que a empresa fornecedora conseguisse concretizar o projeto, dado que se tratava de um programa de grande alcance, inovador no país e de interesse para a Região.

Mas, isso não aconteceu, “a empresa não conseguiu desenvolver uma ferramenta satisfatória e foram acionados os mecanismos legais para a restituição das verbas pagas”.

O Secretário da Saúde fez questão de sublinhar que não estão em causa as verbas que têm sido referidas pelos deputados da oposição, uma vez que uma parte dessas verbas corresponde à aquisição de computadores, impressoras e de um datacenter que estão a funcionar nas unidades de saúde.

“Estamos a falar apenas de uma verba de dois milhões de euros que foi entregue ao fornecedor para desenvolver o software” precisou Miguel Correia.

O Secretário da Saúde afirmou que, progressivamente, estão a ser implementados sistemas alternativos e garantiu que “todas as unidades de saúde estarão informatizadas até ao final do corrente ano”.


Anexos:
2012.07.18-MiguelCorreia-Inquerito.mp3


GaCS

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