O Secretário Regional dos Recursos Naturais destacou, em Ponta Delgada, na apresentação do LIFE+ Terras do Priolo, que o sucesso dos projetos desenvolvidos em parceria com a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) “projetou e reconhece o nome dos Açores internacionalmente”.
Luís Neto Viveiros referiu, nesse sentido, o LIFE Ilhas Santuário para as Aves Marinhas, coordenado pela SPEA em parceria com o Governo dos Açores, a Royal Society for the Protection of Birds e a Câmara Municipal do Corvo, abrangendo esta ilha e o Ilhéu de Vila Franca do Campo, em São Miguel, e que está entre os melhores projetos LIFE finalizados em 2013.
Relativamente aos projetos desenvolvidos no nordeste da ilha de São Miguel na última década, o Secretário Regional sublinhou os “resultados de grande relevância ao nível da conservação, mas também do envolvimento da população”, salientando ainda o contributo que prestaram “para o crescimento socioeconómico da sua área de intervenção, nos concelhos do Nordeste e da Povoação”.
A aprovação do novo projeto apresentado pela Região à Comissão Europeia, denominado o LIFE+ Terras do Priolo, conta com um financiamento para os próximos cinco anos de 3,3 milhões de euros, dos quais a Região assegura 25%, e vai permitir, segundo Luís Neto Viveiros, a “manutenção de, pelo menos, 22 postos de trabalho direto, que no futuro poderão ser mais”.
Para Luís Neto Viveiros, que aproveitou a oportunidade para reconhecer publicamente “o empenho de todos os envolvidos”, desde a equipa e voluntários da SPEA aos técnicos das diversas áreas de competência da Secretaria Regional e parceiros públicos e privados, o impacto positivo destes projetos é “também hoje extensivo a toda a ilha”.
“Foram mais de 20 as empresas de São Miguel que aderiram à Marca Priolo e aos princípios da Carta Europeia de Turismo Sustentável nas Terras do Priolo”, afirmou, realçando a “evolução da abrangência de objetivos e possibilidades, conseguida que foi a primeira e primordial missão: salvar uma ave única da extinção, através da recuperação do seu habitat”.
A criação de trilhos pedestres com novas acessibilidades, a intervenção em gradiente de altitude, o teste de novas metodologias para controlo de exóticas, a recuperação de derrocadas e declives e um programa extenso de educação ambiental são algumas das medidas previstas no novo projeto, que também prevê uma carta de desporto de natureza, a monitorização de roedores, a visitação da Zona de Proteção Especial, a monitorização dos trilhos e a recuperação de floresta natural.
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GaCS
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