O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas afirmou que os Açores “orgulham-se de ser uma região que acolhe bem e que valoriza a presença dos imigrantes”, destacando a importância da parceria entre Governo, autarquias, Instituições Particulares de Solidariedade Social e associações na promoção da integração dos cidadãos estrangeiros que escolheram o arquipélago para viver e trabalhar.
“Não podemos deixar de estar atentos e de promover esta integração em cada uma das nossas nove ilhas e em cada um dos nossos concelhos, até porque as comunidades imigrantes também são diferentes e têm desafios específicos no contexto interno da Região, em função, por exemplo, do nível de escolaridade médio ou das atividades profissionais mais comuns”, afirmou Rodrigo Oliveira, que falava na cerimónia de inauguração do Gabinete de Apoio ao Emigrante da Ilha do Pico (GAIIP).
Para Rodrigo Oliveira, a criação deste gabinete, uma iniciativa da Santa Casa da Misericórdia de S. Roque do Pico que reúne vários parceiros, como o Governo Regional, a Câmara Municipal, o Alto Comissariado para as Migrações e as associações AIPA e Cresaçor, assume particular significado pelo facto de o Pico ser a quarta ilha dos Açores com maior número de imigrantes.
Em 2013, segundo dados do Serviço de Estrangeiro e Fronteiras (SEF), a comunidade imigrante no Pico registou um aumento relativamente ao ano anterior, passando de 309 para 359 pessoas.
Na sua intervenção, Rodrigo Oliveira destacou também o contributo dos imigrantes para o “desenvolvimento dos Açores e para o seu enriquecimento e diversidade cultural”, salientando que “a promoção da interculturalidade e da plena integração dos cidadãos imigrantes é uma tarefa transversal à sociedade”.
Nesse sentido, frisou que “o Governo dos Açores atribui uma clara prioridade à parceria com instituições e associações que trabalham no terreno e que melhor conhecem os desafios destas comunidades, através dos apoios financeiros que são concedidos às suas atividades, mas também de um trabalho de grande proximidade e colaboração mútua que é desenvolvido”.
“Acima de tudo, o Governo Regional procura encontrar mecanismos e ferramentas úteis de integração, como é o caso dos cursos de Língua Portuguesa para Imigrantes”, afirmou Rodrigo Oliveira, recordando que estes cursos passaram a abranger de duas para quatro ilhas entre 2013 e 2014, com um aumento de 40 para 70 formandos, num processo que o Executivo “pretende ainda reforçar em 2015”.
O Subsecretário Regional salientou ainda a importância de “trabalhar em parceria no desenvolvimento de iniciativas específicas, que promovam o convívio, o conhecimento e o respeito entre as diferentes culturas, mas que tenham em conta também as próprias particularidades de cada ilha”, lançando o desafio de realizar no próximo ano uma ‘Corrida pela Interculturalidade’.
“Por que não realizar, em 2015, uma corrida pela integração aqui no Pico, uma ilha reconhecida pela sua forte tradição no âmbito do desporto e, muito em particular, do atletismo?”, propôs Rodrigo Oliveira.
O Gabinete de Apoio ao Imigrante da Ilha do Pico foi financiado em 95% pelo Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros, tendo o Governo Regional, através da Direção Regional das Comunidades, comparticipado os restantes 5%, colaborando também ao nível organizacional e logístico.
GaCS
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