O Presidente do Governo dos Açores inaugurou hoje, na cidade da Ribeira Grande, o Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, onde defendeu uma união de esforços para reforçar a promoção turística dos produtos culturais existentes nas diversas ilhas da Região.
“Com tanto movimento cultural e com tanto potencial que pode ainda ser explorado, podemos hoje orgulhar-nos também pelo facto de não sermos apenas um destino de Natureza, um local de tranquilidade e de bem-estar, mas também um arquipélago de cultura”, afirmou Vasco Cordeiro na inauguração do novo equipamento cultural, que resultou da recuperação de uma antiga fábrica de álcool da Ribeira Grande.
Na sua intervenção, o Presidente do Governo salientou que o turismo cultural “cresce por todo o mundo”, frisando que, nos Açores, existe “toda uma panóplia de oferta, desde locais históricos, arqueológicos, obras artísticas, museus, casas de cultura, festas, gastronomia, artesanato, manifestações culturais típicas, feiras e mercados, eventos tradicionais, entre tantos outros”.
“Por tudo isso, é hora de convocar os agentes culturais de todas as áreas e setores, os empresários e os autarcas das nossas nove ilhas deste arquipélago para que nos ajudem a propiciar este intercâmbio entre culturas diferentes”, afirmou Vasco Cordeiro.
O Presidente do Governo salientou que quem visita a Região vem à procura de novas experiências, razão pela qual “é preciso maior esforço do que o mero passeio por entidades culturais, mas realmente induzir o conhecimento, apelando à criatividade e espírito crítico de todos”.
Relativamente ao Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, realçou que deve assumir-se como um polo agregador de diferentes linguagens artísticas, cada qual com as suas características e intencionalidades próprias, permitindo não só aos residentes, mas também aos visitantes, o contacto com a contemporaneidade artística.
Este novo espaço, que permitirá um trabalho em rede e em parceria com outras entidades e instituições culturais, pretende promover o gosto pela arte e pela cultura em geral, o contato com a produção artística contemporânea, a educação cultural de públicos futuros, com enfoque junto dos mais jovens, a internacionalização dos artistas regionais através da pertença a redes de parcerias internacionais, a exibição de exposições e obras de arte, o apoio à criação na disponibilização de meios e infraestruturas para a produção cultural, entre muitas outras áreas de intervenção.
Depois de salientar que a concretização deste investimento na Ribeira Grande constitui mais uma prova concreta da diversificação geográfica dos investimentos públicos, Vasco Cordeiro anunciou que, este ano, o Governo está a desenvolver um projeto de defesa e valorização do património arquitetónico e cultural dos Açores, o qual contempla um conjunto vasto de obras, como a conclusão da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo, a primeira fase do restauro e da remodelação do Núcleo de Santo André do Museu Carlos Machado ou a intervenção no Palácio da Conceição, em Ponta Delgada, destinado ao projeto da Casa da Autonomia, cujo concurso público será já publicado na próxima semana.
“Mas também vamos investir em Santa Maria, no museu, na torre e no cinema do aeroporto, na Terceira, no antigo hospital da Boa Nova, no Pico, em Santo Amaro, com a criação de um Núcleo Museológico da Construção Naval, onde estamos também já a proceder à recuperação da lancha Espalamaca, entre outros investimentos em todas as ilhas”, adiantou.
Na sua intervenção, o Presidente do Governo considerou, por outro lado, que este novo Centro de Artes Contemporâneas dará um relevante contributo para o contacto com novas abordagens de outras paragens, pois será um ponto de encontro no meio do Atlântico para a realização de residências artísticas e literárias e outras atividades de intercâmbios com entidades externas.
“É neste sentido que o posicionamento do Arquipélago entre os continentes da América, África e Europa, com especial atenção para as regiões da Macaronésia, é uma inestimável mais-valia que o Centro de Artes Contemporâneas terá de potenciar para concretizar os seus objetivos de internacionalização”, afirmou Vasco Cordeiro.
GaCS