O Secretário Regional da Educação e Cultura afirmou, em Tulare, na Califórnia, que “a imprensa é o mais poderoso instrumento de construção e de defesa da Democracia, se garantir a livre expressão de todos os cidadãos e se afrontar a prepotência de todos os mandantes”.
Avelino Meneses, que falava quinta-feira na inauguração de uma exposição de primeiras páginas do jornal Tribuna Portuguesa, que refletem a vida da comunidade portuguesa no Estado da Califórnia durante a última década, realizada no âmbito do XXXIX Congresso da Luso-American Education Foundation, salientou que a imprensa “é o retrato da sociedade” e, “acima de tudo, um meio de transformação” dessa sociedade.
“Queremos, portanto, uma imprensa justiceira, que promova a equidade entre os grupos e os indivíduos. Queremos, portanto, uma imprensa educadora, que promova a ilustração dos leitores, porque a educação é a base de todo o desenvolvimento”, frisou Avelino Meneses, que representava o Presidente do Governo nesta cerimónia.
O Secretário Regional acrescentou, no entanto, que “tudo depende do desempenho, pelos jornalistas, de uma ação relevante, mesmo insubstituível”, porque, citando o escritor e político açoriano Urbano Mendonça Dias, eles são a “guarda avançada de todas as ideias, porque são eles que as lançam, que as defendem e que as levam até ao caminho da conquista” e, em concreto, a história da Autonomia dos Açores é um “bom exemplo” dessa realidade.
Nesse sentido, salientou que, enquanto em Portugal, no século XIX, “a prática do liberalismo, centralizadora, racional e uniforme, move o desrespeito pelas especificidades e a subordinação das periferias”, nos Açores “esta política alimenta o espírito autonómico” e, na ocasião, coube “aos homens da imprensa a defesa do propósito da livre administração dos Açores pelos Açorianos, que logra uma primeira concretização com a publicação do decreto de 2 de março de 1895”.
Neste contexto, o Secretário Regional da Educação e Cultura saudou a ação da Tribuna Portuguesa que é , desde 1979, “um importante arauto da comunidade portuguesa da Califórnia, tanto dos mais velhos que guardam melhor o legado linguístico, como dos mais novos que aproveitam o maior universalismo da seção de língua inglesa para melhor entenderem os projetos e as aspirações da comunidade lusa”.
Nos Açores, afirmou Avelino Meneses, “entendemos a persistência da imprensa portuguesa na Califórnia como um sinal de vitalidade da comunidade lusa, incluindo a de referência açoriana”.
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GaCS
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