O Presidente do Governo afirmou hoje, em Ponta Delgada, que a entrada em funcionamento da Clínica de Radioncologia apresenta, entre outros, o grande mérito de permitir que os Açorianos afetados pela doença oncológica possam receber tratamento mais próximo do conforto e do apoio familiar.
“A entrada em funcionamento deste investimento apela a outros significados, sobretudo quando consideramos que um dos grandes méritos deste investimento está em algo de imaterial, que é o facto de um Açoriano afetado pela doença oncológica poder recorrer a tratamentos com maior comodidade, mais próximo do conforto e do apoio da sua família e, no fundo, ultrapassar esta fase num meio que lhe é conhecido e familiar”, salientou Vasco Cordeiro.
O Presidente do Governo falava na inauguração da Clínica de Radioncologia dos Açores 'Madalena Paiva', localizada nas imediações do Hospital do Divino Espírito Santo, um projeto privado considerado de interesse regional e que contou com um apoio público de cerca de 2,7 milhões de euros, atribuído no âmbito do sistema de incentivos ao investimento.
Com esta clínica, será possível evitar que os utentes com necessidade de tratamento nesta área tenham de se deslocar ao continente.
O Presidente do Governo afirmou que, depois das várias vicissitudes que este processo teve ao longo do tempo, a inauguração de hoje constitui a “vitória da determinação e da persistência, mas também da confiança nesta parceria que se iniciou, há alguns anos, entre o Governo dos Açores e a empresa Joaquim Chaves Saúde”.
“É, naturalmente, esta a hora para enaltecer o trabalho de todos aqueles que, aos mais diversos níveis, contribuíram para o planeamento e concretização deste investimento e que, sobretudo, permitiram aquilo que ele vai possibilitar: servir os Açorianos que são afetados pela doença oncológica”, destacou o Presidente do Governo.
Na sua intervenção, Vasco Cordeiro salientou, por outro lado, que este é mais um exemplo “concreto e palpável” que contribui para que os Açorianos continuem a ter orgulho no Serviço Regional de Saúde.
“Nós podemos ter muitos desafios a enfrentar e aspetos a melhorar na Saúde, como certamente temos, mas se os Açorianos passam a dispor deste serviço é porque têm uma Autonomia que assume também esta sua função”, afirmou Vasco Cordeiro.
O Presidente do Governo considerou, ainda, que o facto de a Região ter alcançado este patamar no domínio do tratamento das doenças oncológicas não pode fazer ignorar o trabalho que é desenvolvido noutras áreas relacionadas.
Nesse sentido, Vasco Cordeiro deixou uma palavra de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelo Centro de Oncologia dos Açores, apontando o exemplo dos rastreios que têm sido postos à disposição da população.
O rastreio ao cancro de mama já abrangeu cerca de 70 mil mulheres e o rastreio ao cancro do colo do útero já permitiu rastrear cerca de 40 mil mulheres.
Além disso, o rastreio ao cancro do cólon e reto, depois de uma experiência piloto, vai ser este ano alargado a toda a Região, adiantou Vasco Cordeiro, anunciando que, também este ano, será implementado na Região Autónoma dos Açores o rastreio do cancro oral.
O Presidente do Governo afirmou ainda que as entidades públicas têm, também, um papel a desempenhar ao nível da adoção de medidas e de ações públicas relacionadas com comportamentos de risco nesta área.
“Há a necessidade imperiosa de agirmos em domínios como o consumo de tabaco e do álcool, por exemplo, que, na nossa Região, não podem levar as entidades públicas a, pura e simplesmente, ignorar que depende também da sua ação uma intervenção que pode minorar os riscos”, frisou Vasco Cordeiro.
|
GaCS
Sem comentários:
Enviar um comentário