O Governo dos Açores, através da Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente, promove hoje, no âmbito das comemorações do 30.º aniversário do Jardim Botânico do Faial, que se assinala a 18 de junho, a realização de uma palestra sobre “O Turismo Sustentável e a Conservação da Natureza”, no Teatro Faialense, na Horta.
Esta palestra, que terá início pelas 20h30, marca o início das comemorações e pretende promover o debate de novas abordagens no uso dos recursos naturais e na sua preservação para as gerações futuras, contando com a participação de personalidades da área da ecologia em Portugal, como Viriato Soromenho-Marques, Maria Dalila Espirito-Santo e Eduardo Dias.
A sessão é antecedida da exibição do documentário “Um Dia no Botânico”, da autoria de Paulo Henrique Silva, na sala principal do Teatro Faialense e com a presença do realizador.
No sábado, dia do aniversário do Jardim Botânico do Faial, este espaço pode ser visitado de forma gratuita por toda a população, que poderá usufruir de música ao vivo e visitas guiadas a toda a coleção de plantas.
Às 15h00, será inaugurada a exposição fotográfica "Pequenos Mundos do Botânico”, dispersa pelo espaço exterior do Jardim, e às 16h00 terá início a gincana ecológica 'Sentir o Ambiente’.
O programa comemorativo vai prolongar-se por todo o mês, uma vez que as entradas neste centro ambiental do Parque Natural do Faial, com visita guiada e acesso à nova coleção de orquídeas, serão gratuitas todos os domingos de junho, às 16h00.
Os 30 anos do Jardim Botânico do Faial correspondem a três décadas de descoberta, conservação da biodiversidade, educação ambiental e promoção da natureza dos Açores com reconhecimento internacional.
Inaugurado em 1986, este Jardim Botânico cresceu, não só em área – dispondo de 8.000m2 - mas, também e sobretudo, na sua capacidade de responder aos desafios ambientais que se colocam à preservação das espécies, dos habitats e das paisagens açorianas.
Inicialmente com 5.600m2, o projeto nasceu numa área de pastagem de uma antiga quinta de produção de laranjas, no vale dos Flamengos, mostrando várias coleções de plantas, incluindo espécies dos Açores e da Macaronésia, plantas medicinais, aromáticas e ornamentais, um pequeno viveiro e um centro de visitantes.
Em 1995, foi criado o Pólo de Pedro Miguel, a 400 metros de altitude, numa situação privilegiada para a adaptação de espécies de altitude, muito exigentes em termos ambientais.
Neste local encontra-se o mais antigo projeto de recuperação ambiental dos Açores, uma antiga área de pastagem e turfeira de baixa altitude com cerca de seis hectares de plantações de vegetação natural.
Em 2003, foi criado o Banco de Sementes dos Açores que constitui atualmente a infraestrutura de base a todo o projeto de conservação de espécies do Jardim Botânico.
Desde então, a história do Jardim Botânico, que incorpora a rede de centros ambientais dos Açores, integrados nos Parques de Ilha sob gestão da Direção Regional do Ambiente, em parceria com a Azorina, faz-se da adição de novas e mais valências, oferecendo um novo centro de visitantes dotado de auditório, biblioteca e área de exposição.
A missão do Jardim Botânico, sendo uma estrutura do Parque Natural do Faial, não se encerra dentro dos seus muros, executando vários projetos de conservação de espécies e habitats 'in situ', isto é, no local natural das espécies.
Exemplo disso são as ações de combate à proliferação de espécies invasoras como a cana, o incenso ou a rolha-de-velha, que exercem uma pressão negativa sobre as áreas naturais, acompanhadas de ações de repovoamento com espécies naturais e de reforço de populações de espécies ameaçadas.
Para tal, foi construído em 2013 o viveiro de plantas endémicas para dar resposta à crescente necessidade de utilização de plantas.
GaCS
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