A transferência do conhecimento entre a Universidade e as empresas é fundamental. Esta foi a mensagem central das conferências realizadas no âmbito da “Mostra Açores: Inovação, Empreendedorismo e Criatividade”, no Teatro Micaelense, sessão presidida pelo director regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos.
“É preciso inovar, é preciso ser-se competitivo. Somos uma região com escassos recursos, pelo que nos Açores estas questões se colocam com maior acuidade”, sublinhou Paulo Menezes na sessão de abertura do seminário “A Ciência ao serviço da Inovação?”.
O director regional acrescentou que, na Região, já estão a decorrer alguns projectos em estreita colaboração entre a investigação e a indústria mas, disse, “temos que apostar ainda mais nestes projectos em contexto empresarial, para que a investigação tenha resultados práticos para a sociedade e para o bem estar de todos nós”.
No seminário foram oradores Teresa Cardoso, da Edisoft, que abordou, na área espacial, a operacionalidade da Estação da ESA em Santa Maria, do projecto de navegação por satélite europeu, o Galileu, e ainda do projecto NEREUS, o qual integra como associado o Governo Regional dos Açores.
Francisco Pereira do Valle, enquanto consultor na área da transferência do Conhecimento, explicou o porquê da interligação entre os investigadores e as empresas, a génese do I&D (Investigação & Desenvolvimento).
Perante uma plateia com vários jovens, o consultor traduziu a necessidade da aposta na investigação científica, não como solução dos problemas financeiros da empresa, mas como complemento e dinamização da área de actuação comercial, reforçando, assim, a actividade a oferta da empresa no mercado.
No Workshop inserido no seminário, promovido pela Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, através da Direcção Regional da Ciência, Tecnologia e Comunicações, os oradores Paulo Jorge Araújo e João Madruga apresentaram o projecto Hefestos – Elementus Azores.
“Elementus Azores” será a nova marca de cosméticos made in Azores produzida à base de essências das plantas comuns da paisagem açoriana, como a hortênsia e a conteira, destinados ao mercado de saúde e bem-estar, em lotes de cosméticos com diferentes produtos, como champôs, cremes, exfoliante e água de colónia, entre outros.
Exemplos de criatividade, empreendedorismo e inovação com recurso, todos eles, à investigação científica, foi o mote destes dois painéis da “Mostra Açores” 2009.
GaCS/VS
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