Matt Jones brilha nas balizas da Liga de Honra portuguesa, onde tenta relançar carreira no futebol europeu depois de ter saído da Premier League inglesa para uma universidade americana
Quando viu o seu nome aparecer em terceiro nas opções do técnico do West Bromwich Albion, clube inglês que à época (2004/05) militava na Premier League, o jovem inglês Matthew Jones tomou uma decisão: fez as malas, apanhou o avião até aos Estados Unidos e matriculou-se na Sacred Heart University, em Connecticut. Para trás ficava a formação nas camadas jovens da equipa da região Oeste de Inglaterra e a subida ao principal escalão do futebol inglês.
É certo que os níveis de competição do soccer americano pouco se comparam aos do futebol praticado na Europa, mas Matt Jones, como é conhecido nos meandros do futebol o guarda-redes do Santa Clara, da II Liga portuguesa, tinha bem definida a estratégia que queria ver concretizada: transformar um ponto fraco na sua ainda curta carreira numa oportunidade de futuro.
Num país que aposta fortemente no desporto académico, frequentou a licenciatura em Business e Marketing, "uma área na qual sempre tive interesse e à qual pretendo regressar no futuro", disse, e jogou quatro anos nos Pioneers. "Foi uma experiência que me permitiu amadurecer como jogador e como pessoa e adquiri conhecimentos valiosos que me permitiram chegar onde estou hoje", reconhece.
Mas para chegar até aqui, e uma vez concluído o curso, impunha-se apontar noutras direcções, o mesmo é dizer, ingressar numa equipa profissional com ambição q.b. E foi aí que o português Joe Barroso, treinador de Matt nos Pioneers, lhe apresentou Portugal como um bom País para começar uma carreira profissional. Até ver, aposta ganha!
Integrou inicialmente a equipa júnior do Belenenses, por uns dias, mas "por uma razão ou outra as coisas não progrediram como esperava". Do Restelo até Ponta Delgada foram... duas horas de voo. Primeiro à experiência, depois veio o contrato. "Tudo aconteceu muito rápido, mas eu não podia estar mais feliz com o clube onde estou a jogar agora. Estou no clube certo nesta fase da minha carreira", confessou o guarda-redes, que reconhece à equipa açoriana qualidades para lutar pela subida à principal Liga do futebol nacional.
A titularidade chegou com o encontro com a Naval, para a Taça da Liga, e desde então, na Liga de Honra, vem sendo opção indiscutível do técnico Vítor Pereira - desde o jogo frente ao Carregado, na quarta jornada.
Passado o primeiro terço do campeonato, o Santa Clara ocupa a terceira posição na tabela classificativa, com 17 pontos, menos um que os líderes Feirense e Portimonense, contabilizando apenas uma derrota, facto que deixa o inglês com a certeza de que integra "um plantel com uma qualidade notável", sintetiza.
Representar a selecção da Inglaterra "seria o momento de maior orgulho na vida", mas Matt prefere traçar metas a curto-prazo e, por isso, aponta para já como principal objectivo a promoção do Santa Clara à I Liga.
Eis Matt Jones, o guarda-redes que saltou das ilhas britânicas para as açorianas com uma escala na América pelo meio.
Fonte: DN
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