Carlos César afirmou hoje que “os açorianos, todos, podem contar com um Governo que procura ter discernimento nas medidas que está a tomar, que pode representar, por vezes, frieza na sua análise, mas nunca insensibilidade na forma como vê a sua Região e as famílias em dificuldades.”
O presidente do Governo, que falava na Assembleia Legislativa, no decorrer do debate de urgência sobre a “Análise da situação do desemprego na Região Autónoma dos Açores, consequências e medidas de apoio” – requerido pelo grupo parlamentar do Bloco de Esquerda – assegurou que o compromisso do seu executivo é o de estar empenhado em ajudar os que precisam, sejam eles homens, mulheres ou empresas.
Sublinhando que cabe também aos partidos da oposição um papel construtivo nessa matéria – “que é o de, exactamente, nos indicar melhores caminhos” – Carlos César manifestou a convicção de que é preciso que digam coisas novas, coisas realizáveis.
“É preciso que não utilizem a pobreza, as dificuldades, os desequilíbrios e as desesperanças, em benefícios eleitorais, e que transformem isso em novas oportunidades e numa nova esperança”, disse.
O presidente do Governo, que havia já realçado o âmbito global da crise económica e financeira que atingiu também os Açores – mas que mereceu, do executivo, a adopção de muitas medidas de combate, nomeadamente de apoio às empresas em dificuldades – recordou os êxitos que essas medidas alcançaram, permitindo a muitas empresas satisfazerem os seus compromissos com a segurança social, com o fisco ou com a banca.
Admitindo que os indicadores de alerta sugerem que há ainda situações de dificuldades, Carlos César acrescentou que os mesmos indicadores apontam para a estabilização do sector empresarial, já que, por exemplo, se 9,1% das empresas prevêem diminuir ainda o número de trabalhadores, isso significa que quase 90% admite manter ou mesmo aumentar os seus quadros de pessoal.
Por outro lado, frisou que, no que respeita a salários em atraso, há nos Açores mais de 6.500 empresas e apenas entre duzentos e trezentos trabalhadores se encontram nessa situação.
Trata-se de apenas 0,5% do total de trabalhadores na Região, mas, como fez questão de sublinhar, é, em qualquer caso, uma situação que preocupa o Governo e “nos deve fazer convergir todos para resolver o problema dessas pessoas.”
Portanto, concluiu, “nós temos é que intervir na economia, para criar maior competitividade, para sustentar melhor a actividade das empresas, para que elas se desenvolvam e sejam capazes de criar mais emprego e pagar melhor e a tempo.”
GaCS/CT
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