terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Novo cais é o ponto de partida para a valorização turística de Angra do Heroísmo como destino de cruzeiros


A construção de um cais de cruzeiros em Angra do Heroísmo constitui “o ponto de partida e não o ponto de chegada para o desenvolvimento de uma estratégia de potenciação do estatuto de Património Mundial, permitindo que a cidade se afirme como destino turístico”, defendeu, esta noite, em Angra do Heroísmo, o secretário regional da Economia.

Vasco Cordeiro, que falava durante um debate promovido pelo Instituto Histórico da Ilha Terceira, sob o tema “Angra Cidade Transatlântica – Que futuro?”, salientou que a decisão de construção desta infraestrutura “não resultou de um acto de mimetismo em relação a outros investimentos ou de qualquer tipo de compensação por esses mesmos investimentos”, mas sim da constatação que Angra do Heroísmo possui características únicas para o turismo de cruzeiros, nomeadamente “por permitir um fácil acesso à malha urbana classificada, o que se afirma como uma inegável mais valia para a valorização e aproveitamento” da classificação atribuída pela UNESCO.

O secretário regional da Economia defendeu, no entanto, que “se é certo que a criação do terminal pode contribuir em muito para a valorização turística de Angra, a sua existência não fará, só por si, que se atinja esse objectivo”.

Quanto à infraestrutura em si, cujo projecto será apresentado até Julho deste ano, Vasco Cordeiro esclareceu que estão a decorrer os estudos relacionados com os aspectos técnicos, nomeadamente, o estudo prévio de construções, da gare de passageiros, circulação rodoviária e impacto ambiental. Além disso, acrescentou, será dada “uma especial atenção aos trabalhos de arqueologia que possam vir a ser necessários” garantindo que o Governo “irá cumprir a legislação existente para a protecção deste património”.

Vasco Cordeiro justificou a opção pela localização do Cais com o facto de “ali já existirem várias infraestruturas que podem ser aproveitadas” e indicou que os estudos que têm vindo a ser desenvolvidos demonstram que o projecto “tem viabilidade económica, algo imprescindível para que possa ser assegurado financiamento comunitário para a sua construção”.

O secretário regional da Economia recordou ainda que a construção de um Cais para cruzeiros em Angra do Heroísmo faz parte “da estratégia do Governo para o Mar e para a projecção dos Açores como destino quer para cruzeiros de grande porte, que cruzam o Atlântico em reposicionamento, quer com a realização de cruzeiros temáticos.

Nesse âmbito, e no que diz respeito à ilha Terceira, Vasco Cordeiro considerou que existem muitas possibilidades de conjugação com o Porto da Praia da Vitória, que será assim predominantemente vocacionado para as mercadorias, enquanto que Angra do Heroísmo será vocacionada para o transporte de passageiros, quer no que diz respeito aos cruzeiros, quer também no que diz respeito ao transporte marítimo inter-ilhas.

Por fim, o secretário regional da Economia recordou que a proposta de construção de um cais de cruzeiros em Angra do Heroísmo não foi contestada pelos partidos da oposição tendo sido já sufragada em dois actos eleitorais distintos.



GaCS/NM

1 comentário:

Anónimo disse...

o broblema nao esta no cais de cruseiros mas sim na falta de competençia das autoridades da terceira a marina e um mau exmplo nao passa de uma garagem privada pois atrofiou a baia que e historica.agora nao vale a pena chorar sobre o leite derramado. por outo lado nao vejo a constuçao de um cais de cruseiros ate porque a baia e muito limitada.nunca se condus com a carroça a frente dos bois..