O secretário regional do Ambiente e do Mar presidiu, esta manhã, em Ponta Delgada, à cerimónia de lançamento do portal geográfico relativo ao SRIA - Sistema Regional de Informação sobre Água, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Água.
Este é um instrumento referiu, na ocasião, o director regional do Ordenamento do Território e dos Recursos Hídricos que vai permitir juntar numa mesma plataforma tecnológica, informação da Administração Pública Regional, ao nível da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar mas também, informação de outros departamentos governamentais e que é de interesse para a abordagem das temáticas da água e ainda das autarquias.
Nesse sentido cria-se uma plataforma coerente com dados validados, o que permitirá às entidades públicas poder dar respostas aos cidadãos com base em ferramentas que estão actualizadas a uma cartografia moderna permitindo, em simultâneo, que os cidadãos possam observar o que se vai passando no arquipélago em matéria de recursos hídricos.
No final desta semana, o portal do Sistema Regional de Informação sobre a Água vai estar disponível com toda a informação relativa a todas as ilhas.
Quanto às questões relacionadas com os sistemas de aviso e de alerta, João Luís Gaspar afirmou, que estas são matérias bastante complexas porque exigem que se façam abordagens distintas ou seja, que se apliquem modelos de análise com base em dados.
Esses dados existem sob o ponto de vista qualitativo mas existem, mais recentemente, sob o ponto de vista quantitativo. Existem algumas séries mais antigas que foram obtidas através das estações do Instituto de Meteorologia dos Açores.
Porventura, a Universidade dos Açores, também, há alguns anos começou a recolher informação quantitativa e agora a Administração Pública Regional passa a ter uma importante rede.
Esta rede visa integrar todas as estações para permitir depois aos especialistas que desenvolvem modelos de aviso e de alerta oferecer probabilidades de ocorrência que permitam aos diferentes departamentos da Administração Pública Regional, às autarquias e aos próprios cidadãos responderem em conformidade.
Trata-se de um objectivo importante e urgente, mas a sua implementação no terreno vai levar algum tempo, porque são necessários dados sólidos que agora é que se estão a começar a obter para os modelos terem um maior realismo, garantiu.
É de salientar que a Universidade dos Açores, nalgumas teses de investigação, tem estado a desenvolver, em cooperação com a Administração Regional modelos muito interessantes.
Por seu turno a Direcção Regional do Ordenamento do Território em colaboração com a Universidade dos Açores vai disponibilizar um sistema de alerta e aviso para a possibilidade de ocorrência de movimentos de massa no concelho da Povoação, ainda este ano.
Trata-se de um ensaio, refere João Luís Gaspar, os dados são bons e em seu entender é um sistema muito válido e que depois pode ter implicações, mesmo para efeitos de outros departamentos, como o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores e os Serviços Municipais de Protecção Civil.
Este sistema quando estiver a funcionar vai permitir identificar, a ilha, ou mesmo o concelho onde há maior probabilidade da ocorrência de deslizamentos de terras, por exemplo, através do correio electrónico ou mensagens de sms, para as entidades ficarem alerta em tempo real.
No que toca às zonas balneares, o director regional, afirmou, que este inverno tem sido muito pluvioso, o que tem alterado por completo a paisagem da ilha de S. Miguel e não só, criando algumas zonas de instabilidade. Nessa linha, o executivo açoriano está a efectuar a monitorização de algumas zonas mais problemáticas, como é o caso do porto da Ribeirinha e da praia de Água D’Alto.
GaCS/LM
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