Carlos César realçou hoje o importante papel que o Grupo Bensaúde tem desempenhado na região, considerando mesmo que “representa, para o Governo Regional e para as instituições públicas, uma referência do estado da nossa economia e, também, uma segurança quanto à sua evolução.”
O Presidente do Governo dos Açores, que falava no final de uma audiência que concedeu ao presidente cessante daquele Grupo, Luís Bensaúde, e aos novos membros do Conselho de Administração, que passará a ser presidido por Joaquim Bensaúde, manifestou o seu apreço pela forma como se processou, ao longo dos últimos anos, a relação entre o seu executivo e o Grupo Bensaúde, na esteira, aliás, do que classificou de “relação indispensável, contínua, transparente, mas cúmplice, entre o Governo Regional e grupos empresariais desta dimensão”, bem como com outras empresas e agentes económicos.
Com 190 anos de actividade empresarial nos Açores, o Grupo Bensaúde emprega, aproximadamente, 2.400 trabalhadores, actuando nas áreas de Transportes, Energia, Turismo/Hotelaria e Distribuição. Está presente em oito das nove ilhas dos Açores e no continente português.
À margem do objecto desta audiência – e respondendo a perguntas dos jornalistas – Carlos César explicou que as alterações que vierem a ocorrer nas prioridades estabelecidas para investimentos públicos ficarão a dever-se não a carências ou desequilíbrios nas finanças públicas regionais, “mas apenas por, em função da situação que nós vivemos, ser mais importante afectar os recursos que temos a dimensões imediatamente reprodutivas e geradoras de emprego.”
Exemplificando, o governante disse que entre o Estádio Mário Lino, no Faial, ou a recuperação, o reordenamento da bacia portuária da Horta e a construção, ali, de um cais de cruzeiros – obras que decorrem já – o Governo optou pelas obras na zona portuária da cidade faialense.
“São essas prioridades e são essas decisões a que é chamado o Governo numa circunstância como a que hoje vivemos”, frisou.
A propósito, reafirmou a convicção de que, não fossem as medidas tomadas, em devido tempo, para prevenir as capacidades das instituições regionais para enfrentarem as dificuldades provocadas pela actual crise, e “não teríamos as possibilidades que tivemos e temos de apoiar as empresas, os desempregados e as famílias.”
Sublinhando ter sido salvaguardado o efeito da diminuição das transferências do Orçamento de Estado para os Açores – efeito que considerou absolutamente irrelevante, quase simbólico – Carlos César considerou que, “com o conjunto de obras e de investimentos que tem sido lançado existirão áreas que conhecerão alguma revitalização, particularmente no sector da construção civil.”
GaCS/CT
Sem comentários:
Enviar um comentário