O Secretário Regional da Presidência, à saída da reunião que manteve com o Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, hoje, em Lisboa, declarou que o encontro serviu para “reiterar a oposição do Governo dos Açores à medida que, supostamente, o Governo da República pretende implementar ao nível do Serviço Público de Rádio e Televisão nos Açores e na Madeira” que, como é do conhecimento público, “pretende concentrar os conteúdos regionais num determinado horário procurando com isso, presume-se, obter uma redução de custos de funcionamento”.
André Bradford adiantou que, para esta reunião, o Governo dos Açores, “foi mais longe na sua posição”, já que veio munido de “informação resultante de um estudo independente sobre os custos do serviço público nos Açores, segundo o qual se conclui que o valor correcto é de 9 milhões de Euros e não de 13 milhões conforme disse o Ministro".
A actividade da RTP Açores, nos últimos 3 anos, de acordo com o governante, “tem significado num esforço de contenção e uma redução efectiva de custos: 3 milhões em três anos de poupança em custos com pessoal, grelha de programas e funcionamento”.
André Bradford, neste contexto, revela que “o próprio Estado, através do contrato de concessão e do cálculo para as transferências de indemnizações compensatórias para a RTP, previa um valor destinado à RTP Açores superior a 10 milhões de Euros”, acrescentando que, da leitura destes dados, se pode concluir que “a RTP Açores, não só não é gastadora, como não é deficitária, como o seu custo está abaixo da previsão feita pelo próprio Estado para os seus custos”.
“Aos nossos estudos o Secretário de Estado não contrapôs nem adiantou nada. Limitou-se a ouvir. Não nos falou em nenhum número, não avançou com qualquer fundamento para a decisão que foi anunciada, nem se quis pronunciar sobre o conteúdo do plano de reestruturação que já foi entregue ao Ministro, a não ser que há a intenção de reestruturar a RTP no País, incluindo os Centros Regionais e que isso vai ser posto em prática”, disse o Secretário Regional da Presidência.
André Bradford, concluindo, reconhece que “não foi uma reunião com avanços significativos” porque, conforme frisou, “continuamos sem informação técnica que terá fundamentado a medida que o Conselho de Administração propõe e que o Governo da República pretende implementar”.
GaCS
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