quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Esclarecimento da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas


Em resposta às críticas feitas pelo PSD-Açores ao Governo Regional sobre uma alegada “falta de estratégia e apoio para a carne qualificada IGP”, a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas esclarece o seguinte:

A melhor resposta que o PSD-Açores pode ter é a que é dada pelos produtores açorianos e pelos agentes económicos ligados à comercialização da carne IGP que, dos 259 bovinos abatidos e certificados em 2007, com um peso de carcaça de 66.226 quilogramas, passamos para 1256 bovinos abatidos e certificados no ano de 2010, com um peso de carcaça de 311.708 quilogramas, existindo 622 explorações aprovadas para a produção de carne IGP espalhadas por todas as ilhas da Região.

Ao contrário do que diz o PSD-Açores, tal crescimento existe e deve-se aos produtores regionais e às estratégias políticas que têm sido desenvolvidas no sector da carne que, no caso da carne IGP o são ainda mais favoráveis através de um suplemento em relação ao prémio base, a isenção de rateio do prémio no caso de superação do limite orçamental disponível para o prémio ao abate, beneficiando de uma diferenciação positiva na distribuição de direitos às vacas aleitantes e ainda nos investimentos feitos ao abrigo do PRORURAL.

Também os agentes da comercialização beneficiam de apoios às iniciativas de melhoria da capacidade de acesso aos mercados, onde são discriminados positivamente, bem como nos apoios destinados à transformação dos produtos agro-industriais no âmbito do PRORURAL.

O sub-sector da carne dos Açores de hoje, nada tem a ver com o de outros tempos, existindo actualmente uma Rede Regional de Abate certificada e homologada, garantindo a rastreabilidade do produto e a segurança alimentar, a especialização crescente dos produtores e uma enorme melhoria genética do efectivo bovino de carne.

Para além disto existe um programa de cruzados para melhorar as carcaças provindas das explorações leiteiras sem penalizar a qualidade genética destas e o aumento exponencial do número de abates destinados à exportação (8420 em 2007 representando 1.884.091 quilogramas de carcaça, para 24375 em 2010, no total de 5.378.648 quilogramas de carcaça) com o crescimento do rendimento dos produtores através do pagamento dos prémios ao abate, a redução drástica da exportação de animais vivos e a melhoria do estatuto sanitário e do bem-estar animal.

É em resultado de tudo isto que se verifica uma crescente presença da Carne dos Açores em mercados exteriores à Região.


GaCS

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