No final de uma extensa ronda de audiências com os parceiros sociais e partidos políticos para a preparação do Plano e Orçamento regionais para 2012, o Presidente do Governo dos Açores enalteceu o “grande consenso sobre as causas e as medidas que devem ser adoptadas face á presente situação.”
Carlos César precisou que, à excepção do PSD – “ que veio mais aqui prestar declarações aos órgãos de comunicação social do que, propriamente, dar ideias à governação dos Açores” – todos os restantes tiveram connosco diálogos, propostas, orientações, deixar-nos novas ideias.”
Como acrescentou, esses contributos vão enriquecer o desafio que se apresenta ao Governo dos Açores, “que é o de fazer, com menos, mais, e de prosseguir uma política de rigor, da qual os açorianos se possam orgulhar e beneficiar.”
Reiterando a convicção de que é muito importante uma gestão criteriosa das finanças públicas – o que tem defendido em diversas ocasiões – Carlos César manifestou a certeza de que “uma região que seja conhecida por gerir com bom senso e rigor as suas finanças é também uma região que tem uma mais-valia perante as restantes.”
Para Carlos César, trata-se de uma grande vantagem no contexto negocial presente, sobretudo quando há um diálogo a empreender com o Governo da República e com as instâncias internacionais.
“Não é justo, nem é adequado colocar em causa as autonomias por causa do mau exemplo da Madeira, como também seria inusitado e sem sentido colocar em causa os estados soberanos por causa da Grécia”, afirmou.
Portanto, “nada de confusões”, como fez questão de vincar, repetindo que “uma coisa é os Açores e outra é a Madeira”, tal como, em outro contexto, “uma coisa é o incumprimento que a Grécia teve dos seus compromissos internacionais e outra é o esforço que Portugal procura fazer para cumprir os compromissos que assumiu.”
Aludindo, de novo, às audições aos parceiros sociais, referiu ter ficado com a nota da necessidade de “continuarmos a reduzir despesas que sejam dispensáveis e não reprodutivas, a ajudar as famílias com maior dificuldade por via de algumas das medidas que foram tomadas pelo Governo da República".
A ajuda às empresas que estão em dificuldade dado o clima recessivo e o aumento da pressão fiscal ultimamente anunciada, a necessidade de não perder fundos comunitários, o reforço do investimento em sectores reprodutivos e uma grande atenção à agricultura, às pescas, ao turismo e à transformação foram outras áreas que estiveram em análise.
“Eu penso que, se todos trabalharmos em conjunto e nos concentrarmos nesses desígnios, vamos conseguir, nesta conjuntura, minimizar o sofrimento das pessoas e atenuar dificuldades de muitas empresas, esperando que haja também uma retoma global, europeia e nacional que reprojecte os Açores na linha do desenvolvimento que tinha estado a trilhar até agora”, disse.
GaCS
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