O Presidente do Governo dos Açores voltou a considerar positiva a visita do Presidente da República aos Açores – aonde Cavaco Silva se deslocou com o objectivo de visitar Santa Maria, Graciosa, S. Jorge, Flores e Corvo –, mas lamentou o programa seguido em S. Miguel.
“Foi pena, neste último dia, este pequeno inciso partidário no seu programa, que era um programa apenas destinado às Ilhas da Coesão. Já soube que na inauguração falaram de votos nas eleições presidenciais, enfim, coisas partidárias sem importância”, disse.
Afirmando esquecer esse último dia e lembrar “a boa recordação da cordialidade do senhor Presidente da República”, Carlos César adiantou estar esperançado em “reforçar essa boa lembrança quando ele influir verdadeiramente nas questões que lhe coloquei.”
Para o governante, “o verdadeiro sentido de Estado de um Presidente do Governo Regional é colocar-se, em primeiro lugar, de forma firme, em defesa da sua terra, seja perante que instituição for.”
Carlos César, que falava no aeroporto de Ponta Delgada momentos após ter apresentado – na companhia de todos os membros do seu Governo – cumprimentos de despedida a Cavaco Silva, revelou aos jornalistas terem as suas últimas palavras ao Presidente da República constituído uma solicitação de maior intervenção em favor dos Açores.
“Pedi ao senhor Presidente da República que não só tomasse nota – como ele frequentemente referiu – dos assuntos que lhe foram colocados, como também providenciasse activamente a sua resolução”, precisou.
Uma intercessão de Cavaco Silva junto da banca, com o objectivo de ser retomado o financiamento das empresas açorianas, foi especialmente referido, porque, na opinião de Carlos César, “um Presidente da República tem, evidentemente, meios de influência para o fazer.”
Outra área em que o Presidente da República foi solicitado, por Carlos César, a exercer a sua influência foi “junto do Governo da República, para garantir o financiamento adequado e cumprimento da Lei de Finanças das Regiões Autónomas”, bem como, revelou ainda, para garantir a continuidade do serviço público de televisão nos Açores.
“E disse ao senhor Presidente da República que é importante que o país conheça os Açores positivos. Os Açores positivos não são só boas paisagens”, alertou.
Para o Presidente do Governo Regional, “os Açores positivos são uma região que procura crescer, que tem convergido, que até vai receber menos transferências porque aumentou o seu PIB em relação à média nacional e que é capaz de o fazer honrando os seus compromissos, sendo uma região honrada.”
Carlos César qualificou esse atributo de “capital muito importante que eu gostaria que o senhor Presidente da República não esquecesse.”
GaCS
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