segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Carlos César diz que, no meio da grande crise internacional, os Açores são os melhores do país


O Presidente do Governo dos Açores disse hoje que “é possível fazer mais uma vez um Plano e um Orçamento que, não obstante a diminuição dos seus valores globais, continuam a representar um exemplo de finanças públicas.”



Carlos César acrescentou que isso é possível porque a região tem praticado uma gestão financeira escrupulosa, salvaguardando o equilíbrio financeiro, o que tem sido reconhecido pelas variadas entidades nacionais e internacionais.


Salientando que “a região autónoma dos Açores tem uma dívida pequena e tem recorrido de forma muito moderada ao endividamento, o que é confirmado pelo INE e por todas as entidades internacionais que nos têm auditado”, frisou que “cada açoriano deve, em média, seis vezes menos que qualquer cidadão português, cada açoriano deve cinco vezes menos, em média, do que um madeirense.”


Outro dado avançado por Carlos César é o da melhoria da situação financeira da região, o que pode ser aferido pelo passivo total das empresas públicas açorianas, que diminuiu no último ano, bem como pela redução do recurso ao endividamento, redução essa que atingiu os 75% entre 2008 e 2010, permitindo aos Açores uma situação em que só precisará, em 2012, de um quarto do endividamento que foi necessário contrair em 2008.


Tendo os Açores assegurado a sua sustentabilidade financeira – diminuindo ou aumentando a sua despesa e satisfazendo anualmente todos os encargos financeiros – o Presidente do Governo reafirmou que “a região não só está muito melhor do que a Madeira, não só está muito melhor do que o país, como está muito melhor do que estava.


Carlos César recordou, a propósito, que quando entrou para o Governo, em 1996, “o Governo velho tinha, de dívida directa, mais 200 milhões de euros do que, agora, o Governo novo tem”, e, repetindo que diversas entidades nacionais e internacionais têm dado boa nota às contas regionais, lamentou que só um partido político deseje que “isto não esteja bem, que isto está em degradação.”


Como fez questão de vincar, “isto não é a Madeira, isto nunca foi a gestão financeira do país”, pelo que, acrescentou, não entende onde foi a líder da oposição buscar os números sobre a relação da dívida com o PIB regionais.


Assegurando que a dívida não chega a um terço do PIB, disse que “a líder do PSD é uma pessoa desactualizada; pensa que ainda estamos nos tempos em que nos deixou os Açores na bancarrota, em 1996, quando não havia crise internacional nenhuma.”


Para acentuar a sua opinião, lembrou que “agora nós estamos com uma grande crise internacional, com uma enorme crise recessiva nacional e, mesmo assim, os Açores são os melhores entre todos do país. Na altura dela os Açores eram os piores entre todos do país.”


Carlos César falava à saída de uma reunião do Conselho de Concertação Estratégica, que juntou membros do Governo e representantes dos parceiros sociais para análise do Plano para 2012, salientando que, pesem as dificuldades actuais provocadas pela crise internacional e a consequente necessidade de dispor de mais dinheiro “para resolver problemas que temos e outros que agora chegaram, a verdade é que seguimos um caminho, que é um caminho de fazer o que é possível pagar e de poupar o que é possível poupar sem prejudicar a prestação de serviços, as pessoas e as empresas.”

O Plano apresenta uma diminuição do investimento global da ordem dos 9,8%, atingindo, ainda assim, um montante de 722, 4 milhões de euros.




GaCS

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