O Governo dos Açores reconheceu hoje, na Assembleia Legislativa, que “vivemos num momento que não é fácil ter políticas de aumento de vencimentos”.
A opinião foi expressa pelo Secretário Regional do Ambiente e do Mar durante a discussão de um projecto de diploma, da iniciativa do PCP, propondo elevar de 5% para 7,5% na Região o montante da retribuição mínima mensal garantida, estabelecido ao nível nacional para os trabalhadores por conta de outrem.
Segundo explicou Álamo Meneses, o Governo Regional “concorda com a maioria dos argumentos” apresentados pelo deputado do PCP e também “partilha da preocupação” aqui expressa com o rendimento das famílias e, em particular, com o emprego.
No entanto, lembrou o governante, “não é fácil neste momento tomar qualquer iniciativa que possa contribuir para potenciar um desemprego que infelizmente é crescente e para colocar em risco mais postos de trabalho dessas famílias”.
Lembrou ainda que o emprego é, neste momento, “uma das preocupações centrais na Região”, embora todos saibamos – disse – “que o rendimento de uma família que recebe apenas o ordenado mínimo é um rendimento demasiado baixo e todos nós reconhecemos as dificuldades, conhecemo-las e estamos solidários com elas”.
“Concordando com uma boa parte dos argumentos, estando solidários com aqueles que recebem tão pouco e que têm uma vida tão difícil, nesta altura o bom senso aconselha que não seja este o caminho a seguir”, defendeu Álamo Meneses.
No entanto, adiantou o Secretário do Ambiente do Mar, “tempo virá em que, aí, poderemos chegar, como em 1999 o pudemos fazer, e esperemos que a breve trecho seja possível melhorar a qualidade de vida e melhorar o rendimento de tantos que nesta Região vivem com tão pouco”.
GaCS
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