O Centro de Recuperação de Aves Selvagens (CRAS)recebeu um milhafre juvenil (Buteo buteo rothschildi) recolhido na Terceira com ferimentos na asa e que, depois de tratado por um veterinário local, foi reencaminhado para o Corvo.
Numa visita ao CRAS realizada quinta-feira, os secretários regionais do Mar, Ciência e Tecnologia e da Agricultura e Ambiente foram informados sobre a reabilitação desta ave, que ainda apresenta falta de penas primárias e secundárias, motivo provável para a sua impossibilidade de voar.
A criação do CRAS, uma iniciativa de dois cidadãos do Corvo apoiada pelo Governo Regional, dotou os Açores de uma estrutura, por enquanto única no arquipélago, para recuperar e reabilitar aves selvagens.
Este centro desenvolve também importantes ações ao nível da educação ambiental e da preservação de espécies.
O equipamento integra um espaço com as condições adequadas ao tratamento das aves e inclui também um espaço exterior onde se disponibilizam as condições adequadas à recuperação e reabilitação das espécies.
É aqui que se processa a transição entre o cativeiro e a liberdade. No entanto, como esta espécie não ocorre naturalmente no Corvo e nas Flores, a ave será devolvida à natureza numa das ilhas dos Açores onde é comum, e, preferencialmente, na mesma unidade geográfica em que foi encontrada.
Esta ave de rapina, cuja subespécie é endémica dos Açores, reproduz-se em zonas florestais ou pequenos bosques na proximidade de prados, pastagens, campos agrícolas e outros, sendo um importante elemento estruturante do ecossistema terrestre das ilhas dos grupos Central e Oriental do arquipélago.
O CRAS pode ser visitado pelo público, devendo os interessados dirigir-se aos serviços do Parque Natural do Corvo, para previamente efetuarem a marcação.
GaCS
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