O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas enalteceu, no Brasil, o trabalho desenvolvido pela Casa dos Açores de São Paulo na “defesa do património açoriano em terras brasileiras e na afirmação da Região no centro económico e financeiro da América do Sul”.
“Desde 1980, esta tem sido a casa de milhares de Açorianos, açordescendentes e amigos dos Açores, uma casa cuja sede foi construída com o suor e o trabalho dos seus membros, assim como as imensas atividades de desenvolve ao longo dos últimos 35 anos, continuando dinâmica e comprometida com os propósitos que alicerçaram a sua criação” afirmou Rodrigo Oliveira na sessão de abertura da XIV Semana Cultural Açoriana promovida pela Casa dos Açores.
Na sua intervenção, Rodrigo Oliveira destacou a abertura da Casa dos Açores à sociedade onde se encontra sedeada “através de imensas manifestações culturais, muito em especial as Festas do Divino Espírito Santo”, que já fazem parte do calendário de eventos da cidade paulista, contribuindo para a “divulgação das ilhas de origem junto de dezenas de milhares de cidadãos brasileiros”.
Esta Semana Cultural, sob o tema ‘Hinos, Brasões e Bandeiras – a Importância do Significado na Vida e na Cidadania’, pretende dar a conhecer a história dos símbolos institucionais dos Açores, Portugal e Brasil, contribuindo não apenas para o aprofundamento do conhecimento da simbologia institucional, mas também para um exercício pleno da cidadania.
O programa do primeiro dia da semana cultural contou com uma palestra do emigrante madeirense Ayrton Camargo e Silva, arquiteto, historiador e escritor, sobre o tema ‘Hinos, Brasões e Bandeiras – da Pré-História à Sociedade de Consumo’, bem como a condecoração com a Medalha de Mérito Açor, da Casa dos Açores de São Paulo, de Elis Regina Barbosa Angelo, professora na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, que, recentemente, lançou o livro Trajetórias dos Imigrantes Açorianos em São Paulo, resultado de um estudo académico sobre a comunidade açoriana residente naquele Estado, e que contou com o apoio da Direção Regional das Comunidades.
A nível musical, a sessão contou, para além da atuação da Tocata da Casa dos Açores de São Paulo, constituída por sete jovens brasileiros, dos quais cinco de ascendência açoriana, que apresentaram vários temas do cancioneiro açoriano, com o Orfeão Infantil da Escola Santa Marina, que encerrou a noite interpretando o Hino da Região Autónoma dos Açores, após terem, no decurso das aulas, realizado investigação sobre o arquipélago.
“A execução do Hino dos Açores por este grupo de crianças brasileiras foi, sem dúvida, um momento muito especial e emotivo, que fechou com chave de ouro este dia” afirmou o Subsecretário Regional.
Rodrigo Oliveira considerou essencial estimular os mais jovens a descobrirem as ilhas atlânticas, a sua história, geografia, cultura e, acima de tudo, as singularidades do Povo Açoriano.
“Sentimos aqui, neste nossa Casa dos Açores, uma forte ligação à juventude, pelo trabalho meritório que fazem junto de escolas primárias, que é tão importante para mantermos a continuação das nossas instituições e desse nosso amor aos Açores”, afirmou.
A Casa dos Açores de São Paulo, fundada a 22 de junho de 1980, promove um conjunto de iniciativas e eventos com o objetivo de congregar os Açorianos, seus descendentes e amigos da Região, bem como manter e divulgar a cultura, usos, costumes e atualidade dos Açores, assumindo atualmente a presidência do Conselho Mundial das Casas dos Açores.
GaCS
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