sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Pesca do Imperador reabre nos Açores

A alteração da portaria que gere a quota dos imperadores e alfonsins (Beryx) e que proibia a pesca dirigida aos imperadores, permitindo apenas descargas em quantidades não superiores a 5% do total das espécies de profundidade capturadas, foi hoje publicada em Diário da República.

Com esta alteração, que o Governo dos Açores, através da Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, já havia proposto à Secretaria de Estado do Mar, os pescadores açorianos que estavam impedidos de capturar imperadores desde 3 de julho, quando a quota dos Beryx atingiu 80%, vão poder voltar a pescar esta espécie.

O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia congratulou-se com a decisão, lembrando que “os pescadores açorianos queixam-se de que, em 2014, a quota dos Beryx apenas foi reaberta depois de 17 de dezembro, demasiado perto do final do ano”.

Fausto Brito e Abreu frisou que o Imperador tem um valor comercial “consideravelmente elevado” nos Açores, tendo atingido um preço médio de venda em lota dos mais altos em 2014, nomeadamente de 14,67 euros, sendo, por isso, “considerado uma espécie com especial relevância para os rendimentos da classe piscatória”.

O Secretário Regional do Mar referiu ainda que esta medida contribui para “uma gestão inteligente da quota dos Beryx e visa aumentar o rendimento dos pescadores”, um dos objetivos do documento estratégico ‘Melhor Pesca, Mais Rendimento’ apresentado este ano pelo Governo dos Açores.

Fausto Brito e Abreu propôs, na semana passada, em Bruxelas, ao Diretor Geral dos Assuntos do Mar e das Pescas da Comissão Europeia, o aumento das quotas do Imperador e do Alfonsim na ordem dos 10 por cento, considerando que “esta pescaria tem encerrado cada vez mais cedo no ano, por se preencher parcialmente a quota”.



GaCS

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