Um despacho do Secretário Regional da Saúde hoje publicado em Jornal Oficial determina que as Unidades de Saúde de Ilha passem a disponibilizar, de forma gratuita, um suplemento de iodo, sob a forma de iodeto de potássio, às mulheres em preconceção, grávidas ou a amamentar.
Este diploma, que determina a responsabilidade das Unidades de Saúde de Ilha na aquisição e entrega do suplemento de iodo, mediante prescrição médica, no âmbito das consultas de saúde materna/saúde infantil, visa combater a carência de iodo identificada nas grávidas e lactantes, consideradas como um grupo de risco nesta matéria.
A decisão de disponibilizar este suplemento de iodo tem em conta que, “durante a preconceção, gravidez e amamentação, impõe-se uma adequada ingestão de iodo", considerada essencial "para completar as necessidades da grávida, para a maturação do sistema nervoso central do feto e para o seu adequado desenvolvimento”.
A medida surge na sequência de um trabalho realizado em 2012 pelo Grupo de Estudos da Tiroide, da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, que revelou que “a carência de iodo nas grávidas açorianas era substancialmente superior à encontrada nas grávidas de Portugal Continental e da Madeira”.
O iodo é um oligoelemento essencial à vida que não é sintetizado pelo organismo humano, sendo obtido a partir de fontes exteriores, e tem como função a biossíntese das hormonas da tiroide, que são responsáveis pela regulação do metabolismo celular, nomeadamente pela taxa de metabolismo basal e temperatura corporal, desempenhando um papel determinante no crescimento e desenvolvimento dos órgãos, especialmente do cérebro.
A Dose Diária Recomendada (DDR) de iodo para as grávidas e lactantes é de 250 μg/dia.
De acordo com as orientações do Plano Regional de Saúde 2014-2016 (extensão 2020), na Área de Intervenção na Saúde da Mulher, passa agora a ser prescrita a dose de iodo, devidamente ajustada pelos médicos, nas Unidades de Saúde de Ilha.
GaCS
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