O Secretário Regional do Turismo e Transportes afirmou, na Horta, que a proposta do PCP para que a Linha Lilás, da Atlânticoline, se estenda até à Graciosa já durante este verão, levaria à duplicação da oferta no transporte marítimo e colocaria em causa a racionalização dos meios disponíveis atualmente, em que a oferta supera a procura.
Vítor Fraga, que falava sexta-feira na Assembleia Legislativa, relembrou que, com o reforço efetuado para o período sazonal deste ano, em termos de ligações no transporte sazonal com a Graciosa, serão disponibilizados cerca de 46.700 lugares e existirá uma capacidade de transporte de 13.100 viaturas.
“Isto, do ponto de vista da oferta, supera em muito aquilo que é atualmente a procura”, salientou Vítor Fraga.
Nesse sentido, o Secretário Regional recordou que, ao longo desta legislatura, “várias vezes se ouviu os senhores deputados, e bem, dizerem que era necessário racionalizar os meios que estavam disponíveis”, nomeadamente “evitando que houvesse duplicação de viagens entre aquilo que era o transporte sazonal e aquilo que era o transporte regular nas ilhas do Triângulo”.
Vítor Fraga adiantou que a proposta apresentada preconiza que as atuais ligações, que já estão previstas no âmbito do transporte sazonal de passageiros que liga a Graciosa à Terceira e às restantes ilhas do Grupo Central, devem ser substituídas pelos barcos de 40 metros em detrimento dos barcos de maior dimensão.
“Isto, claramente, não responde àquilo que são os índices de procura”, afirmou, considerando, por isso, que a proposta é “claramente desajustada” e contra a lógica de não haver sobreposição de oferta do transporte regular com o transporte sazonal.
“Neste caso concreto e com esta proposta que aqui está, o nosso entendimento é que aquilo que é proposto não melhora aquilo que já existe”, disse o titular da pasta dos Transportes, sublinhando que, no caso da oferta que foi desenhada em termos de acessibilidades marítimas para a Graciosa, no âmbito do transporte sazonal, como é o caso da Linha Lilás, houve um reforço de ligações, quer da Terceira com a Graciosa, quer da Graciosa com as restantes ilhas do Grupo Central.
“Esta foi a opção, tendo como base os meios que temos ao nosso dispor, no sentido de darmos as melhores respostas àquilo que são as necessidades efetivas de cada uma das nossas ilhas”, afirmou Vítor Fraga, destacando ainda que isto se aplica, “naturalmente, a todas as ilhas do arquipélago”.
O titular da pasta dos Transportes esclareceu ainda que “ninguém pretende que haja uma redução da disponibilidade de lugares, tanto de passageiros como viaturas, nas ligações que são efetuadas no período sazonal entre a Graciosa e a ilha Terceira, e entre a Graciosa e as restantes ilhas do Grupo Central”.
“Todas as ligações que são efetuadas com a Graciosa, no âmbito do transporte sazonal, fazem esta ligação com a Terceira e com as restantes ilhas do Grupo Central”, afirmou Vítor Fraga.
GaCS
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