Carlos César revelou hoje que o Governo Regional tem em preparação um novo sistema de financiamento às instituições particulares de solidariedade social (IPSS), que entrará em vigor, possivelmente, ainda este ano.
“O nosso objectivo é o de termos melhores serviços de apoio à juventude e à infância, em especial, mas é também o de termos uma utilização mais criteriosa, mais monitorizada, mais fiscalizada e com melhores resultados, dos avultados recursos públicos financeiros com que hoje financiamos as instituições particulares de solidariedade social, os centros paroquiais e as misericórdias, num conjunto de cerca de 600 valências espalhadas pelas nossas nove ilhas dos Açores”, acrescentou.
Realçando ser fundamental que o trabalho desenvolvido na área da infância seja bem feito – pois isso se reflectirá na melhoria dos resultados do sistema educativo – o presidente do Governo frisou que a Região terá, assim, maior sustentabilidade no futuro.
“E temos tido alguns indicadores positivos, felizmente, na área da educação, bastando para isso pensarmos que nos últimos sete anos a nossa taxa de retenção e desistência, no primeiro ciclo, passou de 21,4% para 6,4%, aproximando-se da média nacional e já sendo melhor do que acontece na Madeira”, afirmou.
Também no segundo e terceiro ciclos os Açores já ultrapassaram a média nacional e apresentam melhores indicadores do que a Madeira, segundo revelou, também, Carlos César, para quem o Governo continuará a apoiar instituições como a Kairós, “no sentido de legarmos à nossa região pessoas com melhor qualificação e no sentido de protegermos as novas gerações face aos riscos e à competitividade que a empregabilidade cada vez mais comporta.”
O presidente do Governo falava, exactamente, na mais recente infra-estrutura da Kairós – o Pavilhão Coriscolândia, que marca o arranque do Complexo Sócio-Educativo daquela instituição que englobará, mais tarde, uma creche, um atelier de tempos livres e uma piscina – e fez questão de apontar a Kairós como exemplo das novas metodologias de trabalho com crianças, bem como de cooperação com o Governo, bastando referir que a instituição conseguiu angariar metade dos mais de 600 mil euros investidos no pavilhão que acabava de inaugurar.
“Realçar essa circunstância é sempre importante quando nós tanto apelamos para que a iniciativa não se resuma só às entidades públicas”, sublinhou, para de imediato repetir o desafio já anteriormente feito, à iniciativa privada, no sentido de investir na criação ou a gestão de novas respostas à infância, nos Açores.
Revelou, a propósito, que o Governo está a apoiar um conjunto de investimentos que incluirá a construção de dez creches, em várias ilhas – o que alargará para mais 500 crianças a cobertura da rede de creches na região –, as quais poderão vir a ser geridas por entidades privadas.
GaCS/CT
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