Texto integral da intervenção do presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, proferida hoje, em Ponta Delgada, na cerimónia de baptismo da aeronave Dash400, "Manuel de Arriaga":
“Uma breve intervenção para salientar este momento de mudança e de congratulação que a SATA está a viver.
No ano em que se completam 63 anos após a primeira viagem comercial realizada pela SATA Air Açores, aqui estamos reunidos para assinalar mais um momento relevante da nossa transportadora aérea regional. Hoje, a SATA reforça a sua trajectória de estímulo e acompanhamento da modernidade, continuando a superar desafios, aproximando as nossas ilhas e robustecendo a unidade e a dimensão açorianas – em suma, servindo mais eficazmente os meios e as razões do nosso desenvolvimento.
Para trás, também no transporte aéreo entre ilhas, com a renovação da frota que está a ser concretizada, ficam outra etapa e outro tempo, os quais ultrapassámos com sucesso e com enormes melhorias. Também neste caso os Açores mudam para melhor.
Dezenas de açorianos, do outro lado do Atlântico, no Canadá, contribuíram, com o seu trabalho, nas instalações industriais, para a construção desta aeronave, e de outras três idênticas, e vivem com emoção o resultado desse seu labor. Esta cerimónia decorre, igualmente, num dia em que se comemora a publicação do decreto que instituiu o primeiro aprofundamento autonómico, em 1895. Também a geração que protagonizou essa luta, precursora da nossa condição de região autónoma, viveria, agora, com orgulho, momentos de afirmação como este. A SATA, à semelhança de outras instituições, seja a Universidade ou a nossa Televisão, fez e continua a fazer crescer e qualificar a nossa identidade e as nossas competências de auto-administração.
Nos últimos anos, esse papel tem sido maior mercê de um conjunto de passos dados pela empresa que a tornam, cada vez mais, um instrumento de elevado valor estratégico. Falo do início das ligações aéreas entre os Açores e o continente português, da expansão da sua actividade à Madeira e às Canárias, ou, por exemplo, do lançamento de operações que ligam o nosso arquipélago a muitas cidades da Europa, dos Estados Unidos e do Canadá.
Dando asas ao sonho, como é uso dizer-se, foi possível tornar real o que muitos, inicialmente, pensaram não ser realizável. E aqui estamos, agora, para mostrar que a SATA pode e deve crescer mais, se prosseguir uma gestão responsável e exigente que a identifique como uma empresa de referência em todas as dimensões da sua actividade. Os seus trabalhadores e os seus administradores, seja qual for a função que desempenham, sabem que, hoje em dia, são bem mais as empresas de transporte aéreo com o futuro comprometido do que com futuro garantido, pelo que nunca devem perder o seu sentido de missão profissional a favor da continuidade e da consolidação da sua – também nossa – empresa. Neste sector, como todos devem saber, a desatenção, a negligência ou o facilitismo podem ser fatais, sobrando pois uma muito reduzida margem para contemporizações com a falta de responsabilidade.
A entrada ao serviço deste avião integra-se na substituição de toda a frota da SATA afecta ao serviço entre ilhas, e corresponde a um investimento superior a 80 milhões de Euros, inculcando uma maior dimensão no Grupo SATA, que incrementa actualmente um volume de negócios acima dos 220 milhões de euros e movimenta mais de um milhão e 300 mil passageiros.
Trata-se, afinal, de um investimento integrado numa preocupação das entidades públicas regionais, cada vez maior e mais vasta, de valorização das infra-estruturas e meios do transporte aéreo. É assim que se enquadram os investimentos avultados que têm sido executados em todos os aeroportos açorianos, como, por exemplo, as obras que estão a ser realizadas este ano de ampliação da pista de São Jorge (num investimento superior a 25 milhões de euros), no aeroporto do Pico e nos aeródromos do Corvo e de Graciosa, nestes últimos casos em valor superior a seis milhões de euros. Também neste caso do aeroporto de Ponta Delgada, sob administração da empresa ANA, estão a ser introduzidas grandes melhorias, aguardando-se que a mesma empresa execute investimentos nas Flores e no Faial nos termos que têm sido apreciados pelos governos Regional e da República.
Por outro lado, recentemente, o Governo alterou as Obrigações de Serviço Público no transporte inter-ilhas, proporcionando-se uma redução do preço das passagens entre 15 e 19%, e a criação de novas tarifas como a das famílias numerosas. Ainda ontem, dia 1 de Março, entrou em vigor uma nova redução do tarifário para o transporte de carga inter-ilhas que varia entre 5% e 8%, e que diferencia, uma vez mais, positivamente, as chamadas ilhas da coesão.
Esta renovação de frota acontece, pois, nesse contexto mais diversificado de facilitação e eficiência de todo o sector nos Açores.
Decidimos, recuperando o sentido de renovo da instauração da República, cuja primeira evocação centenária agora se assinala no nosso País, e incluindo no programa regional das comemorações, atribuir às duas primeiras aeronaves DASH Q 400 chegadas aos Açores os nomes dos nossos mais ilustres açorianos da geração fundacional da Primeira República: Manuel de Arriaga e Teófilo de Braga. O nome “Manuel de Arriaga” fica, hoje, também associado a esta nova geração da SATA, cruzando as nossas ilhas e chegando ainda a outros destinos. Fazemo-lo na presença e com a participação da sua descendente, Maria Isabel de Arriaga, a quem agradecemos a valorização que empresta a este acto público.
Muito obrigado e parabéns.”
GaCS/CT
“Uma breve intervenção para salientar este momento de mudança e de congratulação que a SATA está a viver.
No ano em que se completam 63 anos após a primeira viagem comercial realizada pela SATA Air Açores, aqui estamos reunidos para assinalar mais um momento relevante da nossa transportadora aérea regional. Hoje, a SATA reforça a sua trajectória de estímulo e acompanhamento da modernidade, continuando a superar desafios, aproximando as nossas ilhas e robustecendo a unidade e a dimensão açorianas – em suma, servindo mais eficazmente os meios e as razões do nosso desenvolvimento.
Para trás, também no transporte aéreo entre ilhas, com a renovação da frota que está a ser concretizada, ficam outra etapa e outro tempo, os quais ultrapassámos com sucesso e com enormes melhorias. Também neste caso os Açores mudam para melhor.
Dezenas de açorianos, do outro lado do Atlântico, no Canadá, contribuíram, com o seu trabalho, nas instalações industriais, para a construção desta aeronave, e de outras três idênticas, e vivem com emoção o resultado desse seu labor. Esta cerimónia decorre, igualmente, num dia em que se comemora a publicação do decreto que instituiu o primeiro aprofundamento autonómico, em 1895. Também a geração que protagonizou essa luta, precursora da nossa condição de região autónoma, viveria, agora, com orgulho, momentos de afirmação como este. A SATA, à semelhança de outras instituições, seja a Universidade ou a nossa Televisão, fez e continua a fazer crescer e qualificar a nossa identidade e as nossas competências de auto-administração.
Nos últimos anos, esse papel tem sido maior mercê de um conjunto de passos dados pela empresa que a tornam, cada vez mais, um instrumento de elevado valor estratégico. Falo do início das ligações aéreas entre os Açores e o continente português, da expansão da sua actividade à Madeira e às Canárias, ou, por exemplo, do lançamento de operações que ligam o nosso arquipélago a muitas cidades da Europa, dos Estados Unidos e do Canadá.
Dando asas ao sonho, como é uso dizer-se, foi possível tornar real o que muitos, inicialmente, pensaram não ser realizável. E aqui estamos, agora, para mostrar que a SATA pode e deve crescer mais, se prosseguir uma gestão responsável e exigente que a identifique como uma empresa de referência em todas as dimensões da sua actividade. Os seus trabalhadores e os seus administradores, seja qual for a função que desempenham, sabem que, hoje em dia, são bem mais as empresas de transporte aéreo com o futuro comprometido do que com futuro garantido, pelo que nunca devem perder o seu sentido de missão profissional a favor da continuidade e da consolidação da sua – também nossa – empresa. Neste sector, como todos devem saber, a desatenção, a negligência ou o facilitismo podem ser fatais, sobrando pois uma muito reduzida margem para contemporizações com a falta de responsabilidade.
A entrada ao serviço deste avião integra-se na substituição de toda a frota da SATA afecta ao serviço entre ilhas, e corresponde a um investimento superior a 80 milhões de Euros, inculcando uma maior dimensão no Grupo SATA, que incrementa actualmente um volume de negócios acima dos 220 milhões de euros e movimenta mais de um milhão e 300 mil passageiros.
Trata-se, afinal, de um investimento integrado numa preocupação das entidades públicas regionais, cada vez maior e mais vasta, de valorização das infra-estruturas e meios do transporte aéreo. É assim que se enquadram os investimentos avultados que têm sido executados em todos os aeroportos açorianos, como, por exemplo, as obras que estão a ser realizadas este ano de ampliação da pista de São Jorge (num investimento superior a 25 milhões de euros), no aeroporto do Pico e nos aeródromos do Corvo e de Graciosa, nestes últimos casos em valor superior a seis milhões de euros. Também neste caso do aeroporto de Ponta Delgada, sob administração da empresa ANA, estão a ser introduzidas grandes melhorias, aguardando-se que a mesma empresa execute investimentos nas Flores e no Faial nos termos que têm sido apreciados pelos governos Regional e da República.
Por outro lado, recentemente, o Governo alterou as Obrigações de Serviço Público no transporte inter-ilhas, proporcionando-se uma redução do preço das passagens entre 15 e 19%, e a criação de novas tarifas como a das famílias numerosas. Ainda ontem, dia 1 de Março, entrou em vigor uma nova redução do tarifário para o transporte de carga inter-ilhas que varia entre 5% e 8%, e que diferencia, uma vez mais, positivamente, as chamadas ilhas da coesão.
Esta renovação de frota acontece, pois, nesse contexto mais diversificado de facilitação e eficiência de todo o sector nos Açores.
Decidimos, recuperando o sentido de renovo da instauração da República, cuja primeira evocação centenária agora se assinala no nosso País, e incluindo no programa regional das comemorações, atribuir às duas primeiras aeronaves DASH Q 400 chegadas aos Açores os nomes dos nossos mais ilustres açorianos da geração fundacional da Primeira República: Manuel de Arriaga e Teófilo de Braga. O nome “Manuel de Arriaga” fica, hoje, também associado a esta nova geração da SATA, cruzando as nossas ilhas e chegando ainda a outros destinos. Fazemo-lo na presença e com a participação da sua descendente, Maria Isabel de Arriaga, a quem agradecemos a valorização que empresta a este acto público.
Muito obrigado e parabéns.”
GaCS/CT
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