“Nós temos razões, nos Açores, para confiar na evolução do nosso sector agrícola. Em boa parte dada a sua taxa de rejuvenescimento e, noutra parte, à qualidade e à formação dos activos neste sector.”
Foi com estas palavras que o Presidente do Governo dos Açores entendeu reafirmar, agora na ilha de S. Jorge, onde se encontra, com o restante elenco governativo, em visita estatutária, a sua grande confiança na agricultura açoriana.
“Para termos uma ideia mais precisa de que não se trata apenas de uma declaração de fé, nós podemos confiar na nossa agricultura, sabendo, por exemplo, que temos, nos Açores, seis vezes mais agricultores com menos de vinte e quatro anos do que acontece na Madeira e no Continente”, disse.
Carlos César – que presidia à cerimónia de entrega de diplomas a mais de duas dezenas de agricultores jorgenses que frequentaram cursos de formação profissional agrária – acrescentou que em acções de formação no sector a frequência ronda os setenta por cento, quando, na generalidade das regiões europeias, essa participação é inferior a cinquenta por cento, o que tem sido destacado por instâncias da União Europeia.
“É com esse sangue e com esse espírito novo que nós contamos para sermos, no sector agrícola, mais competitivos, mais produtivos, quer na produção, quer na transformação, quer ao nível da comercialização”, afirmou.
Para o Presidente do Governo, tendo-se registado, na última década, uma evolução marcadamente positiva na agricultura dos Açores – na qual, como explicou, se produz mais e melhor em todas as suas fileiras – isso também ficou associado ao crescente nível de exigência que se foi apresentando aos agricultores.
“Nos dias de hoje, exercer a agricultura não e para qualquer um”, considerou, explicando que maiores exigências se colocam ao nível da gestão da informação, da formação, dos conhecimentos e de práticas técnicas, da incursão em áreas como a gestão e a informática, de conhecimentos sofisticados sobre reprodução animal, da nutrição da sanidade e do controlo da qualidade dos produtos.
“Ou seja, já lá vai o tempo em que qualquer um podia ser agricultor e em que, quando não se tinha uma ocupação, se podia ser agricultor”, advertiu Carlos César, sublinhando que, hoje, poucos ou quase nenhuns sobrevivem na agricultura se não o souberem ser.
Daí a importância da adequada preparação, através, por exemplo, das acções de formação que o Governo impulsiona e que, como vincou o governante, têm despertado um interesse, por parte dos agricultores, “que revela a sua responsabilidade e a compreensão da necessidade dos seus conhecimentos técnicos para um adequado exercício da profissão.”
GaCS/CT
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