O trilho que conduz os montanhistas até ao topo de Portugal tem nova sinalização. A iniciativa de renovar a marcação do percurso da montanha da Ilha do Pico foi do Parque Natural do Pico e o trabalho agora concluído visa dar maior segurança aos mais de 6 mil trepadores que anualmente tentam chegar aos 2351 metros de altitude.
A nova sinalização consiste num conjunto de 46 marcos em madeira, colocados numa base de inox. Os postes estão pintados com tintas reflectoras, de acordo com a tipologia internacional de marcação de trilhos pedestres e com um número diferente em cada poste. Assim, este dispositivos terão uma maior resistência às condições atmosféricas adversas e permitirão, em condições normais de subida, uma boa visibilidade de um poste ao seguinte.
Apesar desta iniciativa, a sinalização deverá ser encarada apenas como mais uma ajuda a quem sobe e não como um elemento que garanta, em qualquer circunstância, uma subida ou descida segura.
O Parque Natural aconselha que a subida seja sempre acompanhada por Guias certificados.
Aliando a esta sinalização o sistema de rastreio de visitantes, os melhoramentos efectuados no início do trilho, o contrato de prestação de serviços com os Bombeiros Voluntários da Madalena e a publicação da nova Portaria que regulamenta a subida, a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar continua a melhorar o acesso aos mais sensíveis e delicados espaços naturais dos Açores.
Permite-se assim um usufruto seguro, informado e respeitando as diferentes capacidades de carga, promovendo a geração de mais valias económicas e sociais, num enquadramento de sustentabilidade ambiental.
O topo da montanha da Ilha do Pico nos Açores é o ponto mais elevado de Portugal. Esta enorme estrutura vulcânica tem uma idade estimada de 750 mil anos e alberga algumas espécies de plantas únicas no mundo, como a Silene cratericola, entre muitos outros organismos endémicos dos Açores. O percurso de cinco quilómetros que liga a Casa da Montanha até ao Piquinho, que agora tem a sinalização renovada, é percorrido por um máximo de 160 montanhistas em simultâneo, sendo que na parte final, mais elevada, podem estar apenas 40 pessoas.
GaCS/SRAM
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